Em Amsterdã, Nathan Xu, CEO da Plaud, utiliza um dispositivo discreto durante reuniões para gravar, transcrever e resumir conversas. O aparelho, do tamanho de um pen drive, é produzido pela Plaud, startup com sedes em São Francisco e Shenzhen.
O dispositivo, chamado NotePin, consegue gravar até 20 horas de áudio e transformá-lo em transcrições pesquisáveis, utilizando inteligência artificial, como o ChatGPT. Desde o lançamento em 2023, a Plaud vendeu mais de 1 milhão de unidades, principalmente para profissionais como médicos e advogados.
A Plaud se destaca no mercado de ferramentas de IA vestíveis, superando concorrentes e atraindo investimentos significativos. Outras empresas e gigantes como Amazon e OpenAI também estão investindo no setor.
A empresa busca se diferenciar ao focar em ferramentas profissionais e produtividade, recomendando que os usuários obtenham consentimento antes de gravar. O CEO garante que a empresa não se mete na vida pessoal das pessoas.
Ao contrário de muitas startups de IA, a Plaud é lucrativa. As vendas do NotePin, que custa US$ 159, e as assinaturas anuais de transcrição, a partir de US$ 99, devem gerar uma receita anualizada de US$ 250 milhões em 2025. A empresa se orgulha de ter margens semelhantes às da Apple.
Fundada com economias pessoais e um financiamento coletivo de US$ 1 milhão, a Plaud pertence principalmente a Xu e seu sócio, Charles Liu. A empresa busca expandir com novas ferramentas e aposta em versões futuras dos dispositivos.
A Plaud optou por vender seus produtos apenas no exterior, evitando a concorrência acirrada na China. A empresa está desenvolvendo modelos específicos para diversas áreas e adquiriu uma startup especializada em softwares para hospitais.
A Plaud mantém um escritório em São Francisco e se posiciona como uma empresa americana, registrada em Delaware e com dados armazenados em servidores da Amazon nos Estados Unidos.
Fonte: forbes.com.br