Em meio à escalada do conflito, Israel intensifica sua ofensiva terrestre na Cidade de Gaza e anuncia a abertura de uma rota temporária para a evacuação de civis. A medida ocorre um dia após o início da operação militar israelense na capital do território palestino.
Segundo comunicados distribuídos na cidade, a estrada Salah al-Din, principal via que corta Gaza de norte a sul, estará disponível por 48 horas a partir desta quinta-feira. As instruções orientam os moradores a utilizarem apenas as vias sinalizadas em amarelo e a seguirem as orientações das forças de segurança.
Apesar da iniciativa, a situação para os civis permanece crítica. Relatos indicam que muitos têm deixado a cidade a pé, utilizando carroças ou outros veículos disponíveis. A maior parte da Cidade de Gaza foi destruída no início do conflito, mas grande parte da população havia retornado durante um cessar-fogo. A evacuação forçada pode levar a um aumento da população em áreas já superlotadas no sul, onde a crise humanitária se agrava.
Autoridades palestinas e da ONU alertam que a chamada “zona humanitária” designada por Israel não é segura. Ataques aéreos recentes atingiram veículos em fuga e áreas de refugiados, aumentando o temor entre os civis. Muitos expressam receio em deixar suas casas, questionando a possibilidade de retorno e o fim do conflito.
Israel controla atualmente subúrbios no leste da Cidade de Gaza e realiza bombardeios em diversas áreas da cidade. Segundo o Exército israelense, mais de 150 alvos foram atingidos desde o início da ofensiva terrestre.
O gabinete de mídia do Hamas afirma que Israel destruiu ou danificou um grande número de edifícios residenciais e tendas que abrigavam pessoas deslocadas. Israel estima que parte considerável da população deixou a cidade, enquanto o Hamas alega que muitos se deslocaram para áreas centrais e ocidentais.
Um cessar-fogo parece distante, especialmente após recentes incidentes que envolveram líderes políticos do Hamas e um mediador do Qatar. Autoridades internacionais expressam preocupação e buscam uma trégua.
Autoridades de saúde locais reportam um alto número de mortos em decorrência dos ataques israelenses em toda a Faixa de Gaza. A ONU investiga alegações de genocídio, enquanto o Papa manifesta solidariedade aos moradores de Gaza e apela por um cessar-fogo e respeito ao direito humanitário.
Fonte: jornaldebrasilia.com.br