Escolas de gestão compartilhada no Distrito Federal têm demonstrado altos índices de aprovação, superando 80% entre pais, alunos, professores e servidores. Um exemplo notável é o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 17 de Taguatinga, onde a aprovação atingiu 98,3%. Os dados, divulgados por órgãos do governo local, evidenciam o impacto do modelo cívico-militar, implementado em 25 escolas da capital.
A diretora do CEF 17, Andréia Ferreira, destaca a transformação no ambiente escolar, que se tornou mais seguro. Ela relata que, anteriormente, a escola enfrentava problemas de insegurança e infraestrutura. Atualmente, há suporte imediato para emergências de saúde, primeiros socorros e acompanhamento nos arredores, o que contribui para a redução da criminalidade.
A chegada dos militares também impactou a disciplina. Apesar da resistência inicial dos alunos, as regras são agora compreendidas como ferramentas de organização e convivência, promovendo um senso de pertencimento e responsabilidade. A escola passou a oferecer cursos de primeiros socorros, aulas de música e formou uma fanfarra.
Uma pesquisa de satisfação, realizada em 11 escolas, apontou que a menor nota de aprovação foi de 81,38%. Segundo um representante do governo, os resultados estão associados à combinação de segurança, disciplina e rendimento escolar, especialmente em regiões vulneráveis, com baixo IDH e altos índices de criminalidade.
O governo do DF planeja expandir o modelo para 40 unidades até 2026, com prioridade para escolas em áreas de maior vulnerabilidade social. Atualmente, 17 escolas contam com apoio do Corpo de Bombeiros Militar e oito da Polícia Militar. Três dessas escolas se destacam no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da rede pública.
Alunos como David Vinicius Durães, 16 anos, relatam mudanças positivas em suas vidas após a implementação da gestão compartilhada. Após enfrentar problemas disciplinares e precisar deixar a escola, ele retornou e passou a valorizar a disciplina como uma oportunidade para um futuro melhor.
Pais, como Claudia da Silva, também notam melhorias no comportamento dos filhos dentro e fora da escola, além da diminuição da violência nos arredores.
Fonte: jornaldebrasilia.com.br
