A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou, nesta sexta-feira (19), a Operação Kenzai, com o objetivo de combater crimes fiscais e patrimoniais. A Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT/Decor) liderou a ação.
As investigações revelaram que sócios de um grande grupo empresarial do ramo de materiais de construção são suspeitos de utilizar “laranjas” como responsáveis legais por uma das empresas do grupo. A manobra visaria ocultar os reais proprietários, elidir responsabilidades fiscais e criminais, e proteger o patrimônio da organização.
A apuração indicou que a empresa, formalmente registrada em nome de terceiros, acumulou uma dívida superior a R$ 11 milhões em impostos não pagos ao longo de vários anos. Para obstruir a fiscalização, os investigados teriam alterado diversas vezes a composição societária e o endereço da sede da empresa, sendo que este último nunca teria operado de fato no local declarado.
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Águas Claras, Samambaia, Riacho Fundo e Taguatinga durante a operação. A Justiça também decretou o sequestro de bens em montante equivalente ao valor da dívida fiscal, buscando recuperar parte do dano causado aos cofres públicos.
Segundo a PCDF, os investigados podem ter cometido crimes como sonegação fiscal, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas para esses crimes podem alcançar até 24 anos de reclusão.
A operação recebeu o nome de Kenzai, termo japonês que significa “material de construção”, em referência ao setor de atuação do grupo empresarial sob investigação. Vinte e quatro policiais civis participaram da operação.
Fonte: acordadf.com.br