Perda de Olfato: Um Sinal Precoce de Alzheimer? Estudo Alemão Aponta Nova Pista

Dificuldade em identificar cheiros pode indicar o desenvolvimento inicial de Alzheimer, sugere um novo estudo publicado na científica Nature Communications. Pesquisadores acreditam que esse sintoma pode ser utilizado para identificar casos precoces da doença.

Evidências anteriores já associavam a perda de olfato a outras demências, como Parkinson. A redução desse sentido, a partir de certa idade, pode ser um indicador precoce de doenças neurodegenerativas, alertam especialistas. Estudos recentes reforçam essa condição como um possível preditor do Alzheimer.

Entretanto, especialistas enfatizam a necessidade de descartar outras causas otorrinolaringológicas para essa perda sensorial, além de realizar exames complementares para avaliar a cognição do paciente, antes de confirmar o diagnóstico.

A pesquisa revela detalhes sobre como a neurodegeneração afeta o olfato. A resposta imune do cérebro parece estar envolvida no ataque a fibras neuronais do sistema de processamento dos cheiros. Esse ataque interrompe as conexões entre o bulbo olfativo e o locus ceruleus, áreas cruciais para o processamento sensorial.

O estudo sugere que, em estágios iniciais do Alzheimer, mudanças nas fibras nervosas que ligam essas duas regiões ativam o sistema de defesa do cérebro, quebrando as fibras modificadas.

Desenvolvido com camundongos e humanos, o trabalho utilizou análises cerebrais de roedores com Alzheimer induzido e amostras de pessoas falecidas com a doença. Resultados de exames de tomografia por emissão de pósitrons (PET Scan) de pacientes vivos com essa neurodegeneração também foram considerados.

Os resultados abrem a possibilidade de identificar pacientes com risco de desenvolver Alzheimer em estágios precoces, permitindo o encaminhamento para exames mais específicos e, se confirmada a condição, iniciar mudanças no estilo de vida para prevenir o avanço da doença.

Pesquisadores desenvolveram um tablet com 20 fragrâncias diferentes para auxiliar no rastreamento e detecção precoce de doenças neurodegenerativas. O dispositivo libera aromas e o paciente preenche um questionário na tela, com os resultados sendo transmitidos ao médico. O rastreamento preventivo é recomendado a partir dos 57 anos.

O estímulo sensorial, diretamente relacionado com a reserva cognitiva, também pode auxiliar na prevenção dessas doenças. Um treino olfativo pode atrasar o surgimento do Alzheimer.

O mesmo vale para outras habilidades sensoriais, como visão e audição, cuja perda é amplamente considerada um fator de risco para o avanço de demências.

Enquanto exames mais específicos não estão disponíveis, especialistas recomendam que idosos e familiares fiquem atentos a qualquer indício de perda sensorial e busquem um profissional de saúde para descartar causas subjacentes e avaliar o quadro.

Fonte: jornaldebrasilia.com.br

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