Estados Unidos e China alcançaram um entendimento preliminar sobre a transferência do controle do popular aplicativo de vídeos curtos, TikTok, para uma empresa com sede nos EUA. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (15), levantando expectativas para uma possível resolução das tensões em torno da propriedade do aplicativo.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante comercial, Jamieson Greer, revelaram o acordo após uma reunião entre autoridades de ambos os países em Madri. Detalhes comerciais específicos não foram divulgados, ficando para serem definidos em uma futura conversa telefônica entre o presidente Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping, agendada para sexta-feira (26).
Trump expressou otimismo em relação às negociações comerciais com a China, indicando que um acordo foi alcançado para resolver as preocupações dos EUA sobre a propriedade do TikTok. “A grande reunião comercial na Europa entre os Estados Unidos da América e a China correu MUITO BEM! Ela terminará em breve”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social. “Também foi fechado um acordo sobre uma ‘certa’ empresa que os jovens do nosso país queriam muito salvar. Eles ficarão muito felizes! Falarei com o Presidente Xi na sexta-feira (26). O relacionamento continua muito forte!!!”
As negociações, que ocorreram no Palácio de Santa Cruz, sede do Ministério das Relações Exteriores da Espanha, abordaram o desinvestimento do TikTok pela sua proprietária chinesa, ByteDance. Essa questão está inserida em um contexto mais amplo de negociações sobre tarifas e política econômica entre os dois países. Caso não haja uma resolução, o TikTok poderá ser banido nos EUA já em 17 de setembro.
Durante as discussões, autoridades chinesas solicitaram concessões nas áreas de comércio e tecnologia em troca da concordância em vender o controle do TikTok. Bessent enfatizou que a segurança nacional dos EUA não seria comprometida em prol de um aplicativo de mídia social.
Além das negociações sobre o TikTok, Pequim anunciou uma investigação preliminar contra a Nvidia, gigante norte-americana de chips, por suposta violação da lei antimonopólio chinesa, um movimento visto como uma possível retaliação às restrições impostas por Washington ao setor de chips da China. Bessent considerou o anúncio sobre a Nvidia inoportuno.
Fonte: forbes.com.br
