A Venezuela acusa os Estados Unidos de interceptarem um barco de pesca em águas venezuelanas, intensificando as tensões entre os dois países. O incidente, ocorrido a 88 km a nordeste da ilha de La Blanquilla, envolveu, segundo Caracas, a abordagem de uma embarcação de pescadores por militares americanos.
De acordo com o governo venezuelano, 18 militares abordaram a embarcação por cerca de oito horas. A alegação é de que o barco, com nove tripulantes a bordo, possuía autorização para a pesca de atum na área. Até o momento, não houve manifestação oficial de Washington sobre o incidente.
A chancelaria venezuelana descreveu a ação como desproporcional e uma provocação, utilizando meios militares excessivos. O comunicado oficial expressa preocupação com a busca por um incidente que justifique uma escalada bélica no Caribe, acusando os EUA de tentarem implementar uma política de mudança de regime que, segundo a Venezuela, já fracassou.
O governo venezuelano declarou que acompanhou o incidente em tempo real, com recursos aéreos, navais e de vigilância, até a liberação dos pescadores. Em um apelo direto, Caracas exige que os Estados Unidos interrompam as ações que colocam em risco a segurança e a paz no Caribe.
Em resposta às tensões crescentes, Nicolás Maduro convocou reservistas, milicianos e jovens alistados para treinamento militar, visando a defesa do país contra o que considera uma ameaça dos Estados Unidos. As recentes manobras dos EUA no sul do Caribe, oficialmente justificadas como ações contra o tráfico de drogas, são vistas pelo governo venezuelano como uma ameaça velada.
A Venezuela anunciou o início de uma operação militar “de resistência”, abrangendo instalações petrolíferas, serviços públicos, aeroportos e pontos de fronteira.
Fonte: jornaldebrasilia.com.br