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ToggleComo parte de uma estratégia preventiva contra a gripe aviária, o Governo de Minas Gerais eliminou 450 toneladas de ovos de galinha fecundados na região Centro-Oeste do estado. A carga tinha origem em Montenegro, município do Rio Grande do Sul, onde o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) confirmou, em 15 de maio, a presença do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade.
Ovos seriam usados na reprodução de aves
Embora a carga não fosse destinada ao consumo humano, as autoridades consideraram a origem como um fator de risco. Os ovos seriam usados exclusivamente na reprodução de aves. Diante disso, o governo estadual decidiu agir rapidamente para evitar qualquer possibilidade de disseminação da doença no território mineiro.
Reunião emergencial definiu a ação
Para tomar a decisão, representantes da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) participaram de uma reunião emergencial no sábado, dia 17. Como resultado, determinaram o descarte imediato da carga, seguindo o Plano de Contingência da Influenza Aviária, criado em 2022.
Esse plano, implementado para situações como essa, visa preservar a saúde dos plantéis e garantir a integridade sanitária da cadeia produtiva avícola do estado.
Local do descarte permanece em sigilo
Embora a ação tenha sido confirmada, o governo optou por não divulgar o local exato onde os ovos foram descartados. A medida busca garantir a segurança sanitária e evitar qualquer tipo de reação indevida da população.
Além disso, o governo afirmou que outras ações similares poderão ser adotadas, caso novas remessas de áreas afetadas cheguem ao estado.
Gripe aviária não se transmite pelo consumo
Mesmo diante do cenário de alerta, o governo tranquilizou a população. A gripe aviária não representa risco à saúde humana quando se consome carne de frango ou ovos, conforme reforçaram as autoridades sanitárias. No entanto, a doença pode ser letal para as aves e provocar sérios prejuízos à produção agropecuária.
Minas reforça ações de vigilância sanitária
Minas Gerais ocupa o segundo lugar no ranking nacional de produção de ovos e está entre os cinco maiores produtores de galináceos do país. Por isso, o estado intensificou as ações de vigilância e prevenção contra a gripe aviária.
Entre as principais iniciativas estão:
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Adoção de medidas rígidas de biosseguridade nas granjas;
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Fiscalização intensificada em criatórios e pontos de distribuição;
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Rastreabilidade rigorosa de cargas vivas e ovos;
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Campanhas permanentes de educação sanitária para os produtores.
Aliás, apenas em 2024, o IMA realizou mais de 8 mil ações educativas voltadas à avicultura. Esses esforços têm o objetivo de preparar os produtores para detectar precocemente possíveis surtos e evitar a disseminação do vírus.
Estado atua em conjunto com o governo federal
Em paralelo, o governo mineiro mantém diálogo constante com o Ministério da Agricultura, a fim de alinhar estratégias e garantir respostas rápidas frente a qualquer nova ameaça. Conforme o avanço da situação, novas atualizações serão repassadas à população e ao setor agropecuário.
O que é a gripe aviária e por que ela preocupa
A gripe aviária, ou influenza aviária, é uma infecção viral altamente contagiosa que afeta aves silvestres e domésticas. Em casos mais graves, o vírus provoca surtos com alta mortalidade nos plantéis, especialmente quando se trata de variantes de alta patogenicidade.
Embora os casos de transmissão para seres humanos sejam extremamente raros, a doença exige atenção rigorosa das autoridades sanitárias por seu potencial de comprometer a produção, o comércio e o abastecimento de produtos avícolas.
Conclusão
O descarte das 450 toneladas de ovos representa uma ação firme e preventiva do governo de Minas Gerais para impedir o avanço da gripe aviária no estado. Ao priorizar a segurança sanitária e agir de forma proativa, as autoridades demonstram compromisso com a saúde pública, a sustentabilidade da produção avícola e a proteção do mercado interno.
Por fim, o estado continuará vigilante, reforçando a biossegurança e monitorando possíveis novas ameaças para preservar um dos pilares de sua economia agropecuária.