Uma mulher foi detida em Ceilândia sob suspeita de liderar um esquema de fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. A prisão ocorreu durante a segunda fase da Operação Cortina de Fumaça, conduzida pela Divisão de Análise de Crimes Virtuais (DCV/CORF) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
A ação policial localizou a investigada em um restaurante de fast-food, após buscas infrutíferas em seu endereço residencial. A operação tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa especializada em crimes financeiros no Distrito Federal. No momento da prisão, foram apreendidos equipamentos eletrônicos que, conforme as investigações, estão ligados às atividades ilegais do grupo.
De acordo com a PCDF, a suspeita já havia sido presa anteriormente pelo mesmo tipo de delito, e retornou à prática criminosa apenas uma semana após sua soltura. As investigações indicam que ela não apenas executava os golpes, mas também recrutava novos membros para a organização, demonstrando uma aparente “ausência de intimidação diante da ação estatal”, segundo a polícia.
O esquema do grupo envolvia a transferência rápida de fundos desviados para contas de “testas de ferro”, indivíduos que disponibilizam suas contas bancárias em troca de uma parte dos lucros ilícitos. Essa estratégia, de acordo com os investigadores, tem o propósito de dificultar o rastreamento do dinheiro e expandir a rede criminosa.
A prisão da suspeita é considerada um marco nas investigações, atingindo a estrutura de recrutamento e expansão do grupo. Os dispositivos eletrônicos apreendidos serão analisados para a obtenção de evidências que possam fortalecer a responsabilização de todos os participantes do esquema.
A Polícia Civil enfatiza que crimes desta natureza causam um impacto negativo que vai além das vítimas diretas, afetando a sociedade como um todo ao contribuir para o aumento de tarifas bancárias, a restrição ao acesso ao crédito e a vulnerabilidade do sistema financeiro.
Fonte: acordadf.com.br