O Distrito Federal se prepara para lançar ainda neste mês uma nova estratégia para combater a dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana: a soltura de “wolbitos”. Trata-se de mosquitos Aedes aegypti que foram inoculados com a bactéria Wolbachia.
O método consiste em liberar esses mosquitos, que são seguros e não representam riscos à população, para que se reproduzam com os mosquitos selvagens. A Wolbachia impede que o mosquito desenvolva os vírus causadores das doenças, interrompendo o ciclo de transmissão.
Quando um macho infectado cruza com uma fêmea sem a bactéria, não há nascimento de filhotes, o que ajuda a substituir a população transmissora. A expectativa é que, com o tempo, a população de mosquitos com Wolbachia se torne predominante, eliminando a necessidade de novas solturas.
O método reduz a transmissão de doenças causadas por vírus, como dengue, zika e chikungunya, além de outras menos comuns, como mayaro e febre amarela urbana. Não há riscos para pessoas ou animais, incluindo animais de estimação. A Wolbachia permanece dentro das células do mosquito e não é transmitida a outros seres vivos através da picada ou da alimentação.
Os wolbitos serão soltos em diversas localidades, incluindo Planaltina, Brazlândia, Sobradinho II, São Sebastião, Fercal, Estrutural, Varjão, Arapoanga, Paranoá e Itapoã, além de municípios em Goiás, como Luziânia e Valparaíso.
Apesar da nova ferramenta, as autoridades reforçam a importância de manter as medidas preventivas já conhecidas, como eliminar água parada e usar repelentes. Visualmente, não há diferença entre os mosquitos com ou sem a Wolbachia, o que significa que o uso de aerossóis, raquetes elétricas e outros métodos de controle individual pode continuar. A Wolbachia é considerada segura para seres humanos, animais e o meio ambiente.
Fonte: jornaldebrasilia.com.br