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ToggleAtropelamento na Marginal: Inconsistências Apontam para Tentativa de Feminicídio
Investigação Revela Contradições em Caso de Tentativa de Feminicídio na Marginal Tietê
A Polícia Civil de São Paulo está aprofundando a investigação sobre a tentativa de feminicídio ocorrida na Marginal Tietê, buscando esclarecer as divergências cruciais entre o depoimento do principal suspeito, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, e o testemunho do amigo que o acompanhava no veículo, Kauan Bezerra. O caso ganhou notoriedade devido à brutalidade do crime, no qual uma mulher de 31 anos foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro, resultando na amputação de ambas as pernas.
O inquérito policial concentra-se em desvendar as motivações por trás do ato e determinar se houve premeditação por parte de Douglas. As contradições nos depoimentos e as ações subsequentes do suspeito levantam sérias dúvidas sobre a versão apresentada inicialmente.
Divergências Cruciais nos Depoimentos
Um dos pontos centrais da investigação reside na discrepância entre a declaração de Douglas e o relato de Kauan Bezerra em relação ao conhecimento prévio entre o suspeito e a vítima. Douglas alegou, em vídeo e depoimento, que não conhecia a mulher e que seu objetivo era atingir o homem que a acompanhava, motivado por uma suposta confusão e ameaças anteriores. No entanto, Kauan Bezerra, testemunha-chave no caso, contradisse essa versão.
Kauan afirmou às autoridades que Douglas e a vítima já haviam se relacionado anteriormente, ou que pelo menos estavam conversando no bar momentos antes do incidente. Essa informação é crucial para entender o contexto do crime e afasta a alegação de que o atropelamento foi um engano ou um ato aleatório.
Ciúmes como Possível Motivação
O depoimento de Kauan Bezerra sugere que o ciúme pode ter sido o gatilho para a violência. Ele relatou que Douglas ficou enfurecido ao ver a vítima, Tainara, conversando com outro homem na festa. A discussão que antecedeu o atropelamento, segundo Kauan, foi motivada por esse ciúme, o que reforça a tese de que Douglas tinha a intenção de atingir Tainara.
A polícia considera o relato de Kauan Bezerra fundamental para reconstruir a dinâmica dos eventos e entender a motivação por trás do crime. A versão apresentada por Douglas, de que não conhecia a vítima e que o atropelamento foi um engano, parece cada vez mais improvável diante das evidências coletadas.
Ações Suspeitas Após o Atropelamento
Outro aspecto que levanta suspeitas sobre a versão de Douglas é a série de ações que ele tomou após o atropelamento. Para os investigadores, a logística da fuga de Douglas indica que o ato não foi um “engano” ou resultado de um “transtorno” momentâneo, como alegado.
Logística da Fuga Sugere Planejamento
Após o atropelamento, Douglas entrou em contato com familiares e, segundo a investigação, recebeu orientação de um advogado para esconder o carro “longe da cena”. Ele seguiu a recomendação e guardou o veículo em um bairro distante da Marginal Tietê, na garagem do ex-sogro, sem fornecer explicações. Em seguida, o ex-sogro o levou de carro até o Jardim Kemel, de onde Douglas pegou um carro de aplicativo para um hotel na Vila Prudente, onde foi preso.
Essa sequência de ações sugere um comportamento calculado, que visava manipular a narrativa e dificultar o trabalho da polícia. A tentativa de ocultar o veículo e a busca por refúgio em um hotel indicam que Douglas estava consciente da gravidade de seus atos e tentava evitar ser responsabilizado.
Investigação Trata o Caso como Tentativa de Feminicídio
Diante das evidências e das contradições nos depoimentos, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a polícia trabalha com a tese de que Douglas teve a intenção de atropelar e matar a vítima, tratando o caso como tentativa de feminicídio.
A brutalidade do crime, a relação prévia entre o suspeito e a vítima, a motivação por ciúmes e a logística da fuga são elementos que reforçam essa tese. A investigação busca agora reunir todas as provas necessárias para responsabilizar Douglas Alves da Silva pelo crime.
Estado de Saúde da Vítima
A vítima, mãe de dois filhos, permanece internada e passou por quatro cirurgias, incluindo a amputação das pernas. Ela saiu recentemente do coma induzido e segue em observação. A equipe médica está monitorando sua recuperação e prestando todo o suporte necessário.
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FAQ: Perguntas Frequentes sobre o Caso da Marginal Tietê
1. Qual a principal divergência nos depoimentos sobre o caso?
A principal divergência é se o suspeito, Douglas Alves da Silva, conhecia ou não a vítima. Douglas alega que não a conhecia e que o atropelamento foi um engano, enquanto o amigo que estava com ele no carro, Kauan Bezerra, afirma que eles já haviam se relacionado.
2. Por que a polícia suspeita que o atropelamento foi intencional?
As ações de Douglas após o atropelamento, como esconder o carro e buscar refúgio em um hotel, indicam que ele tinha consciência da gravidade de seus atos e tentava evitar ser responsabilizado. Além disso, o depoimento de Kauan Bezerra sugere que o ciúme pode ter sido a motivação para o crime.
3. Qual a situação atual da vítima?
A vítima está internada e passou por quatro cirurgias, incluindo a amputação das pernas. Ela saiu recentemente do coma induzido e segue em observação.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br



















