A cidade perdida de Atlântida é um dos maiores e mais antigos mistérios do mundo. Por séculos, as pessoas têm tentado localizar esta cidade, que se acredita ter submergido após um tsunami ou algum outro fenômeno natural. Mas Atlântida realmente existiu? Como essa história se tornou imortalizada? Nesta postagem de blog aprofundada, exploraremos a história fascinante e as teorias que cercam a cidade perdida de Atlântida.
A Lenda da Atlântida: Um Conto Atemporal
A história de Atlântida é cativante, um conto de uma civilização avançada que se dizia ter existido no mundo antigo. De acordo com a lenda, Atlântida era uma grande ilha, maior que a Líbia e a Ásia juntas, povoada por uma raça de semideuses liderada por reis poderosos. Suas origens foram rastreadas até o deus Poseidon, o poderoso deus dos mares e oceanos.
Os atlantes, aproveitando ao máximo essa conexão divina, criaram uma civilização avançada, construindo cidades enormes durante uma época em que o resto do mundo ainda estava na era neolítica. Dizia-se que eles desfrutavam de recursos abundantes, incluindo prata, ouro e o metal mais precioso, orichalcum.
No entanto, como é frequentemente o caso com aqueles que possuem grande riqueza e poder, os atlantes foram consumidos pela ganância e uma sede por mais. Esta civilização avançada declarou guerra a todos os povos do Mediterrâneo, e sua poderosa marinha encontrou pouca resistência, conquistando e escravizando a maioria de seus vizinhos que eram tecnologicamente inferiores e menos preparados para o combate.
Mas a arrogância e o desejo dos atlantes por poder cada vez maior os levaram a subestimar uma famosa cidade grega – Atenas. Atenas não apenas resistiu aos invasores, mas também conseguiu enviar seus conquistadores de volta ao lugar de onde eles nunca deveriam ter saído. No final, os atlantes perderam o favor dos deuses e, em um único dia e noite, Atlântida foi destruída por um terremoto e submersa sob as ondas, junto com todos os seus habitantes.
As origens da lenda da Atlântida
A questão que intriga as mentes dos cientistas há séculos é: onde ficava a cidade de Atlântida? As lendas sugerem que a cidade teria afundado no mar após um tsunami, e que Atlântida era uma grande ilha perto do Rochedo de Gibraltar, com uma estátua de Poseidon, paredes concêntricas e canais. Em teoria, a cidade submersa deveria estar em algum lugar no Oceano Atlântico, mas até agora, nenhuma tecnologia revelou qualquer cidade no fundo do oceano.
Então, de onde surgiu a lenda da Atlântida? Alguns acreditam que ela foi simplesmente inventada por uma das mentes mais brilhantes da Grécia antiga, o filósofo ateniense Platão, que viveu de 420 a 340 a.C. Platão foi quem nos deixou o único relato escrito da Atlântida em dois de seus diálogos, escritos por volta de 360 a.C.
Dependendo de como você interpreta a obra de Platão, a história de Atlântida pode ser vista como uma alegoria elaborada, claramente destinada a elogiar a democracia ateniense, ao mesmo tempo em que serve como um aviso. Durante a vida de Platão, Atenas quase se tornou um império, envolvendo-se em uma guerra sangrenta com Esparta, conhecida como Guerra do Peloponeso. A história de Atlântida era, na verdade, um conto sobre Atenas, um conto de advertência sobre os perigos do poder e da arrogância.
Assim como os atlantes se tornaram gananciosos, mesquinhos e moralmente falidos, arriscando até mesmo os princípios de sua democracia e se transformando em um estado autoritário, o trágico destino do mentor de Platão, Sócrates, que foi levado a julgamento e condenado à morte por corromper as mentes da juventude ateniense, estava claramente fresco na mente de Platão quando ele escreveu o conto.
Em busca da cidade perdida
No entanto, há aqueles que acreditam que o relato de Platão sobre a Atlântida deve ser levado mais literalmente. Para dar credibilidade à sua história, Platão adicionou outro protagonista, Sólon, um estadista, legislador e poeta grego. Nos diálogos, Platão menciona que Sólon ouviu a história da Atlântida de um antigo sacerdote egípcio.
Isso é significativo porque o antigo Egito era conhecido por ser a civilização mais avançada do mundo antigo, e seus sacerdotes eram reverenciados como os guardiões do conhecimento sagrado. Mais tarde, no século II d.C., o historiador romano Plutarco também mencionou a história em sua obra “Vida de Sólon”.
Além disso, o geógrafo e filósofo grego Estrabão considerou a possibilidade de que parte da história de Atlântida pudesse ser verdadeira e que um desastre natural pudesse ter sido a razão para a queda de Atlântida. Então, embora existam poucos relatos que refutam diretamente a história, isso não impediu que o mito da cidade perdida cativasse a imaginação de muitos estudiosos e aventureiros ao longo da história.
Durante a era da exploração, entre os séculos XV e XVII, o foco mudou para as Américas, resultando em inúmeras expedições para encontrar vestígios de uma civilização perdida entre as culturas maia, asteca ou inca. Outros procuraram por Atlântida no Oriente Médio, Tibete ou até mesmo na Antártida. Além disso, muitos pseudocientistas e ocultistas criaram teorias fantásticas sobre a ilha perdida e seus habitantes semideuses, imortalizando ainda mais o mito.
Inspirações potenciais para a lenda da Atlântida
Embora o consenso entre os estudiosos seja que Atlântida provavelmente foi uma alegoria concebida por Platão para alertar seus contemporâneos sobre os perigos para a democracia, como acontece com muitos mitos antigos, as histórias geralmente são baseadas em eventos históricos esquecidos ou imortalizadas como contos fantásticos.
Por exemplo, o colapso das civilizações da Idade do Bronze no século XII a.C. e a queda da civilização micênica foram refletidos nas histórias sobre a Guerra de Troia contadas por Homero. Da mesma forma, a poderosa civilização minoica que surgiu durante a Idade do Bronze na ilha grega de Creta é uma das principais candidatas que podem ter inspirado a lenda da Atlântida.
Assim como os míticos atlantes descritos por Platão, os minoicos tinham uma marinha poderosa que projetou seu poder por grande parte da Grécia entre 1600 e 1500 a.C. A ilha vulcânica de Thera (atual Santorini) entrou em erupção catastrófica, criando tsunamis massivos que atingiram Creta e destruíram a marinha minoica.
No entanto, o principal candidato para a inspiração por trás da história de Atlântida de Platão é a cidade-estado de Eliki, localizada ao norte do Peloponeso. Eliki era uma grande potência naval, com seus marinheiros navegando por todo o Mediterrâneo, estabelecendo colônias na Ásia Menor e no sul da Itália. A principal divindade da cidade era ninguém menos que Poseidon, o deus grego dos mares e rios, que aparecia nas moedas da cidade e tinha um templo dedicado a ele.
Curiosamente, os cidadãos de Eliki uma vez recusaram um pedido dos coríntios por uma cópia da famosa estátua de Poseidon. Em 373 a.C., a cidade de Eliki foi atingida por um terremoto devastador e afundou no mar. Por muito tempo, partes das ruínas da cidade permaneceram visíveis, mas, assim como a mítica Atlântida, todos os vestígios de Eliki eventualmente desapareceram. Foi somente no século XX que a cidade foi redescoberta, levando muitos a acreditar que ela poderia ter sido a inspiração para o lendário conto de Platão sobre a Atlântida.
Conclusão: Atlântida – Mito ou Realidade?
Dados todos esses fatos, podemos concluir que o cenário mais provável é que a história de Atlântida, a Cidade Perdida, seja de fato apenas uma lenda. O conto de Platão provavelmente era uma alegoria, um conto de advertência destinado a educar seus companheiros atenienses sobre os perigos do poder e da arrogância.
No entanto, eu não ficaria surpreso se um dia, a lendária cidade de Atlântida fosse realmente descoberta. A busca por esse lugar mítico cativou as mentes de inúmeros exploradores e cientistas ao longo da história, e a possibilidade de descobrir a verdade por trás desse antigo mistério continua a alimentar nossa imaginação.
