Um padre de 66 anos foi vítima de agressão física na noite de quarta-feira, dia 10 de dezembro, no município de Unaí, localizado no Noroeste de Minas Gerais, região do Entorno do Distrito Federal. O sacerdote sofreu ferimentos e o veículo em que estava teve o vidro quebrado após ser atacado por um homem de 29 anos de idade. O incidente, que resultou na detenção do agressor, levanta questões sobre interações sociais e acusações de conduta imprópria que já pesavam contra o religioso.
O ataque ocorreu especificamente na Avenida Governador Valadares, uma via de Unaí. O homem, cuja profissão é eletricista, interceptou o automóvel do padre na referida avenida, dando início à agressão. Durante o ato, o vidro do carro do sacerdote foi danificado e o religioso sofreu cortes em diferentes partes do corpo, incluindo o braço e o abdômen. Imediatamente após o ocorrido, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas para prestar socorro. O padre recebeu atendimento médico no local e, posteriormente, foi liberado, indicando que os ferimentos não eram de gravidade extrema.
As Motivações Apresentadas pelo Agressor
Percepção de Comportamento Inadequado com Crianças
O homem de 29 anos, identificado como o agressor, apresentou à Polícia Civil uma justificativa para suas ações. Segundo seu relato, ele percebeu um comportamento de desconforto por parte de suas duas filhas, de 11 e 14 anos, enquanto elas estavam na conveniência onde sua esposa trabalha, no bairro Mamoeiro. Intrigado com a situação, o pai decidiu verificar as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento. Ao analisar o material gravado, o agressor alegou ter chegado à conclusão de que o comportamento do padre em relação às crianças era inapropriado. A interpretação do homem baseou-se no fato de o religioso ter se referido às suas filhas como “lindas”, o que ele considerou indevido para a situação e idade das jovens.
Após essa interpretação, o eletricista tomou a decisão de confrontar o sacerdote. Ele foi em busca do padre e o encontrou na via pública, momento em que fechou o carro do religioso para impedir sua passagem. A partir daí, a agressão teve início, culminando nos danos ao veículo e nos ferimentos sofridos pelo sacerdote. A intervenção da Polícia Militar foi fundamental para controlar a situação. Os agentes levaram tanto o agressor quanto o padre à delegacia para as devidas providências. O homem foi posteriormente preso em flagrante, sob a acusação de lesão corporal, e o facão que teria sido utilizado durante o crime foi apreendido pelas autoridades policiais como evidência.
A Versão do Padre sobre a Interação
Em sua declaração às autoridades, o padre de 66 anos confirmou sua presença na conveniência, local que serviu de palco para a interação inicial com as filhas do agressor. Contudo, a versão do religioso diverge da interpretação do pai das meninas. O sacerdote afirmou ter apenas “brincado” com as crianças, utilizando as palavras “lindas” para descrevê-las. Adicionalmente, ele teria feito uma observação sobre a importância da educação, sugerindo que as jovens “deveriam estar estudando”. A narrativa do padre não sugere qualquer intenção maliciosa ou inadequada em sua abordagem, posicionando a interação como uma brincadeira inocente e um comentário sobre estudos.
Denúncias Anteriores Contra o Sacerdote
Acusações de Comportamento Indevido
O caso em Unaí ganhou uma camada adicional de complexidade com a revelação de que o padre já havia sido alvo de denúncias anteriores. De acordo O relato da denunciante detalha que o sacerdote teria realizado atos como passar a mão em seu corpo e, em seguida, dado um beijo em seu rosto, configurando uma situação de assédio durante um rito religioso que pressupõe confiança e respeito. Este incidente prévio adiciona um contexto relevante às alegações de comportamento inadequado que motivaram o ataque recente.
A denúncia anterior é objeto de investigação pela Polícia Civil. O inquérito está em andamento, buscando apurar os fatos e determinar a veracidade das acusações. A Polícia Civil investiga o caso como uma possível infração contra a dignidade sexual e a família, o que sublinha a seriedade das alegações e o impacto potencial em diversas esferas da vida da vítima e do acusado. A existência de um histórico de denúncias pode influenciar a percepção pública e as futuras etapas processuais relativas ao sacerdote.
Atuação e Perfil do Religioso na Comunidade
O padre envolvido nos incidentes possui uma longa trajetória na vida religiosa. Ele atua como sacerdote desde o ano de 1993, acumulando décadas de serviço à comunidade. Atualmente, o religioso exerce a função de pároco na Paróquia São João Batista, que está localizada na própria cidade de Unaí. Sua posição como pároco o coloca em um papel de liderança e referência espiritual para muitos moradores da região. A longevidade de sua atuação e sua função na Paróquia São João Batista são elementos que contextualizam o impacto desses eventos na comunidade religiosa e na sociedade local.
Para mais informações sobre a segurança pública na região e casos similares, consulte os boletins das autoridades competentes.
FAQ – Perguntas Frequentes
1. Qual foi a causa do ataque ao padre em Unaí?
O ataque ao padre foi motivado pela percepção do agressor de que o sacerdote teve um comportamento inadequado com suas filhas, de 11 e 14 anos, ao chamá-las de “lindas” em uma conveniência, o que o pai considerou impróprio.
2. Quais foram os ferimentos do padre e a situação do agressor?
O padre sofreu cortes no braço e no abdômen, além de ter o vidro do carro quebrado. Ele foi atendido pelo Samu e liberado. O agressor foi preso por lesão corporal e o facão usado no crime foi apreendido pela Polícia Militar.
3. Existem denúncias anteriores contra o padre?
Sim, o padre já havia sido denunciado por uma mulher que o acusou de comportamento inadequado durante uma confissão, incluindo passar a mão em seu corpo e dar um beijo em seu rosto. Este caso está sendo investigado pela Polícia Civil como possível infração contra a dignidade sexual e a família.
Fonte: https://acordadf.com.br
