A tensão entre as duas maiores potências nucleares do mundo Estados Unidos e Rússia voltou a escalar de forma alarmante. Desta vez, o motivo da discórdia envolve uma ameaça direta sobre uma das armas mais temidas do planeta: a arma nuclear apocalíptica russa, conhecida como Mão Morta.
Em resposta a uma provocação do ex-presidente russo Dimitri Medvedev, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou, em 1º de agosto de 2025, a movimentação de dois submarinos nucleares para uma região próxima à Rússia. A medida gerou preocupação internacional e acendeu alertas em organizações de defesa e segurança global.
Neste artigo, você vai entender todos os detalhes sobre a arma nuclear apocalíptica da Rússia, o histórico das provocações entre Trump e Medvedev, como funciona o sistema “Perimetr” e o que essa nova escalada pode significar para o cenário geopolítico mundial.
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ToggleDonald Trump e a Resposta Imediata

Na sexta-feira (1º), Trump concedeu uma entrevista à emissora americana Newsmax, em que revelou ter ordenado o deslocamento de dois submarinos nucleares como forma de dissuasão diante da recente ameaça russa envolvendo o sistema Mão Morta.
“Ele não deveria ter dito aquilo. Ele tem uma boca solta. Já se manifestou de forma imprudente antes. Então, queremos sempre estar preparados,” declarou Trump, referindo-se a Medvedev.
Segundo o presidente americano, a movimentação visa garantir que as ameaças russas não ultrapassem o campo da retórica. Ao ser questionado se os submarinos estavam mais próximos do território russo, Trump confirmou:
“Estão mais próximos da Rússia. Sim, estão mais próximos da Rússia.”
Essa atitude marca um ponto crítico nas relações diplomáticas entre os dois países e levanta discussões sobre os perigos de uma escalada militar envolvendo armas de destruição em massa.
Entenda o Contexto: Por Que a Rússia Fez a Ameaça?
Nos dias anteriores ao anúncio de Trump, uma série de trocas hostis entre os dois líderes contribuiu para agravar a tensão. Tudo começou quando Trump criticou abertamente o governo russo e deu um ultimato de 10 dias para que Moscou cessasse suas operações militares na Ucrânia.
“Estamos profundamente decepcionados com a postura da Rússia. Caso o cessar-fogo não ocorra, novas sanções ainda mais rígidas serão implementadas,” afirmou Trump no dia 28 de julho.
A resposta veio poucas horas depois, pelas redes sociais de Medvedev. O ex-presidente da Rússia acusou os EUA de recorrer ao “jogo do ultimato” e alertou que essa política de pressão “abre caminho para a guerra”.
Dois dias depois, Trump chamou Medvedev de “fracassado” e alertou: “Ele precisa medir melhor as palavras.”
Foi nesse clima que Medvedev, em uma publicação no Telegram, mencionou o sistema de retaliação nuclear da Rússia:
“Trump deveria se lembrar de como a lendária ‘Mão Morta’ pode ser perigosa.”
O Que É a Mão Morta?
A chamada arma nuclear apocalíptica, conhecida como Mão Morta ou Perimetr, é um sistema automatizado de resposta nuclear que a União Soviética começou a desenvolver durante a Guerra Fria, nos anos 1970. O objetivo principal era garantir que a Rússia pudesse revidar, mesmo se suas lideranças estivessem mortas ou incapacidades.
Como Funciona o Sistema?
O Perimetr opera como uma espécie de dispositivo de retaliação final. Caso sensores de ataque nuclear detectem uma ofensiva em massa no território russo e não haja resposta humana dentro de um período específico, o sistema pode iniciar, automaticamente, o lançamento de mísseis nucleares balísticos.
Esses mísseis têm a função de:
- Transmitir códigos de ataque para silos e bases espalhadas pela Rússia;
- Executar contra-ataques ao país agressor;
- Garantir a destruição mútua, seguindo o princípio do MAD (Destruição Mútua Assegurada).
A ativação pode ocorrer de maneira manual ou automática, dependendo das circunstâncias do ataque.
Por Que a Arma Nuclear Apocalíptica É Tão Temida?
A Mão Morta foi apelidada de “máquina do juízo final” por causa de sua capacidade de agir mesmo sem comando humano. Isso a torna especialmente temida, pois elimina a necessidade de autorização presidencial para um contra-ataque.
Perigos Reais
O maior temor de especialistas é que uma falha de interpretação dos sensores ou um ataque cibernético possa ativar o sistema de forma acidental. Isso poderia iniciar uma guerra nuclear sem precedentes na história da humanidade.
Além disso, como o sistema funciona com sensores de radiação, vibração e pressão, há preocupações sobre sua vulnerabilidade a interferências externas, como ataques eletromagnéticos ou sabotagens.
Origens Históricas do Sistema Perimetr
O sistema Perimetr foi desenvolvido na década de 1970, em meio ao medo soviético do crescente arsenal nuclear americano. Seu desenvolvimento ficou sob responsabilidade das Forças de Foguetes Estratégicos da URSS.
Segundo documentos do Centro de Análises Navais (CNA), o sistema foi oficialmente ativado em 1986. Contudo, só veio a público anos depois, quando o jornal The New York Times publicou uma reportagem, em 1993, detalhando a existência do sistema.
Na época, o jornal afirmou:
“Se o sistema realmente existir e alguns analistas dizem que é improvável, mas possível isso marcaria a primeira vez na era nuclear em que uma máquina foi programada para apertar o botão (de disparo).”
O Papel do Sistema Cheget e das Maletas Nucleares
Dentro do protocolo de acionamento do Perimetr, existe uma cadeia de respostas esperada:
- Sensores detectam ataque nuclear;
- Sistema envia solicitação à sala de comando central;
- Se o presidente estiver vivo, ele pode autorizar ou negar o lançamento;
- Em caso de silêncio, o sistema aciona o Cheget — a maleta nuclear russa;
- Caso não haja resposta do Cheget, tenta-se o contato com outras bases militares;
- Na ausência total de resposta, o lançamento dos mísseis é autorizado de forma automática.
Esse protocolo foi desenhado para garantir que a Rússia sempre possa revidar, mesmo em um cenário de aniquilação total de sua cúpula de comando.
Estados Unidos Reagem: Submarinos Nucleares em Movimento
Após a declaração de Medvedev, os EUA responderam com a movimentação de duas de suas mais poderosas armas: os submarinos nucleares de classe Ohio, capazes de carregar até 24 mísseis balísticos Trident II, cada um com ogivas múltiplas.
Esses submarinos operam em total sigilo, com tecnologia stealth e capacidade de permanecer submersos por meses. Eles representam uma das principais ferramentas de dissuasão nuclear dos Estados Unidos.
A decisão de Trump tem dois objetivos principais:
- Enviar um recado claro de que os EUA estão prontos para responder a qualquer provocação;
- Mostrar ao mundo que não aceitarão ameaças envolvendo armas nucleares automáticas.
Especialistas Avaliam os Riscos de Escalada
Analistas internacionais consideram a movimentação dos submarinos um sinal preocupante, mas previsível.
Segundo o especialista em segurança global, Mark Thompson:
“Sempre que a Mão Morta é mencionada, há um risco de escalada. A reação dos EUA é compatível com a doutrina de dissuasão, mas cria um ambiente de instabilidade.”
A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediram calma e diplomacia às duas potências, temendo que o conflito escale para um ponto de não retorno.
A Arma Nuclear Apocalíptica Está Ativa?
Embora a Rússia nunca tenha confirmado oficialmente o status atual da Mão Morta, relatórios de inteligência dos EUA divulgados em 2017 indicam que o sistema ainda está ativo e que sofreu melhorias ao longo das últimas décadas.
As suspeitas incluem:
- Atualização dos sensores de detecção;
- Fortalecimento da criptografia de comando;
- Expansão da rede de mísseis balísticos conectados ao sistema.
Portanto, é razoável acreditar que, caso seja necessário, a arma nuclear apocalíptica russa possa entrar em operação novamente.
O Que o Mundo Pode Esperar?
O mundo entra, mais uma vez, em um clima de instabilidade semelhante ao da Guerra Fria. A diferença, agora, é a presença de novos elementos:
- Redes sociais amplificam o impacto das declarações dos líderes;
- Armas automatizadas reduzem o tempo de resposta entre ameaça e retaliação;
- O risco de erro humano ou tecnológico é amplificado pelo clima de tensão constante.
Enquanto a diplomacia tenta encontrar espaço, a movimentação de submarinos nucleares dos EUA sinaliza que a era da guerra cibernética e automatizada já começou.
Conclusão
A ameaça envolvendo a arma nuclear apocalíptica russa, somada à reação imediata de Donald Trump, inaugura um novo capítulo na geopolítica global. O Perimetr, com sua capacidade de agir sem comando humano, representa não apenas um risco para seus inimigos, mas para toda a humanidade.
A única certeza que o cenário oferece é a de que o mundo não pode depender apenas da sorte. A diplomacia, o diálogo e a responsabilidade estratégica precisam prevalecer sobre a retórica incendiária e os jogos de poder.