Imagens de um deputado estadual do Paraná, Renato Freitas (PT), envolvido em uma briga de rua em Curitiba circularam amplamente nas redes sociais nesta quarta-feira. Os vídeos mostram o parlamentar trocando socos e chutes com um homem não identificado em uma via do centro da cidade.
Em um vídeo divulgado posteriormente, o deputado afirmou que reagiu após ser vítima de racismo. “O motivo foi o mesmo que me fez brigar na rua desde que eu era criança: racismo, humilhação, injúria, violência e agressão”, declarou.
As imagens mostram Freitas e o outro homem trocando golpes. Em um determinado momento, o deputado desfere dois chutes e, em seguida, recebe um soco no rosto, que resulta na quebra de seu nariz. Outro vídeo mostra os dois atravessando a rua em meio à briga, até serem separados por populares. As circunstâncias que levaram ao início da confusão não estão claras.
O deputado alega que o homem com quem brigou chegou a jogar o carro em sua direção. “Eu estava com a minha amiga, também negra, atravessando a rua, e o cara tocou o carro em cima de nós”, relatou Freitas. Segundo ele, a agressão verbal começou quando o homem abaixou o vidro do carro e o xingou. “Ele saiu do carro e veio para brigar”, completou.
Freitas também relatou que o homem o seguiu, juntamente com seu assessor, já filmando a situação. “Ele estava filmando e eu não imaginava que ele iria partir para a agressão. E eu também não comecei, mas ele estava filmando e era justamente o que ele queria”.
O presidente nacional do PT, Edinho Silva, manifestou seu repúdio à agressão sofrida pelo deputado, destacando sua atuação na luta antirracista e a frequente exposição a atos de racismo e violência política.
A trajetória política de Freitas tem sido marcada por controvérsias e perseguições. Em 2020, ele foi condenado à prisão em regime aberto por um protesto realizado em Curitiba. Em 2022, seu mandato na Câmara Municipal foi cassado sob a acusação de invasão de uma igreja, o que ele nega. A cassação foi posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


















