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ToggleUma vasta operação de busca mobilizou mais de quatrocentas autoridades no sábado (13) em Providence, Rhode Island, em resposta a um ataque a tiros na Universidade Brown, que resultou na morte de dois estudantes e deixou outros nove feridos. A instituição, pertencente à prestigiosa Ivy League, foi palco de um evento que levou ao confinamento do campus e de suas adjacências por várias horas, enquanto as forças de segurança trabalhavam na localização do suspeito.
O incidente ocorreu em um dos edifícios da universidade, onde os alunos estavam realizando provas. Um indivíduo armado adentrou o local e efetuou disparos. As portas externas do prédio de engenharia Barus & Holley, onde os ataques aconteceram, estavam destrancadas no momento em que os exames eram aplicados. Essa vulnerabilidade específica no acesso ao local do ataque se tornou um ponto central para a investigação subsequente.
Detalhes do Ataque e as Vítimas
A tragédia ceifou a vida de dois estudantes e feriu nove, todos membros da comunidade acadêmica da Universidade Brown, conforme confirmado pela reitora Christina Paxson em comunicado interno. Ao final da noite de sábado, sete dos nove estudantes feridos estavam em estado crítico, recebendo atendimento no Brown University Health, o que sublinha a gravidade das lesões sofridas.
O cenário da Universidade Brown, com suas centenas de edifícios que incluem salas de aula, laboratórios e dormitórios, foi imediatamente transformado em uma zona de segurança máxima. O confinamento rigoroso foi imposto para proteger a comunidade e permitir que as equipes de investigação realizassem seu trabalho na fase inicial, conforme explicou o prefeito Brett Smiley. Apesar da ausência de uma “ameaça específica e contínua” percebida por parte do suspeito, a ordem de confinamento permaneceu ativa durante a busca intensiva.
A Mobilização das Forças de Segurança
A resposta ao ataque envolveu uma colaboração multisetorial. Agentes do Departamento Federal de Investigação (FBI) e do Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) uniram-se à polícia local e estadual na condução da investigação. As ruas ao redor do campus foram tomadas por veículos de emergência, e a segurança foi amplamente reforçada por toda a cidade de Providence, capital do estado, evidenciando a escala da operação de busca pelo atirador.
As autoridades divulgaram informações sobre o suspeito, incluindo um vídeo de segurança que mostra um homem, possivelmente na faixa dos 30 anos, vestido inteiramente de preto. As imagens capturaram o indivíduo caminhando pela Hope Street, uma via movimentada de Providence, após o ataque. O vice-chefe de polícia de Providence, Timothy O’Hara, mencionou que o suspeito pode ter utilizado uma máscara, embora essa informação não pudesse ser confirmada com total certeza.
O Processo Investigativo e as Pistas Iniciais
No local do ataque, investigadores recolheram cápsulas de balas, que se tornaram parte das evidências. No entanto, detalhes específicos sobre essas descobertas não foram imediatamente tornados públicos, mantendo o curso da investigação sob discrição. O chefe de polícia Oscar Perez informou aos repórteres que os detetives estão empenhados em determinar o motivo que levou à escolha do prédio de engenharia Barus & Holley como alvo, bem como a razão por trás do ataque direcionado aos estudantes que realizavam provas.
A fuga do atirador, supostamente por uma rua conhecida por seu movimento intenso de restaurantes e cafeterias, adicionou complexidade à busca. Testemunhas e outras pessoas Apesar do recebimento de algumas informações, o vice-chefe O’Hara declarou que nenhuma delas havia, até então, conduzido a um avanço significativo na identificação ou localização do suspeito.
Repercussão e Reações Institucionais
O governador de Rhode Island, Daniel McKee, fez um pronunciamento público, prometendo que o responsável pelo ataque seria levado à justiça. Suas palavras expressaram a determinação das autoridades em capturar o indivíduo que causou “tanto sofrimento a tantas pessoas”, reforçando o compromisso com a segurança da comunidade. A notícia do ataque se espalhou rapidamente, levando a universidade a instruir os alunos a permanecerem em seus locais de estudo, gerando momentos de tensão e incerteza.
O estudante Chiang-Heng Chien, em entrevista à emissora WJAR, descreveu a experiência de estar em um laboratório com outros três colegas quando recebeu a mensagem sobre o atirador ativo nas proximidades. Relatou ter esperado, juntamente com os demais, sob as mesas por aproximadamente duas horas, um testemunho que ilustra o medo e a angústia vivenciados pelos estudantes durante o confinamento.
Desafios na Busca e o Cenário Nacional
A busca pelo suspeito foi intrinsecamente dificultada por fatores externos, como a presença de uma grande multidão de consumidores de fim de ano e milhares de pessoas que compareciam a shows e eventos em uma noite de fim de semana na cidade. Essa confluência de eventos e a densidade populacional aumentaram os obstáculos para as forças de segurança, que contaram com o apoio de agentes federais e policiais de municípios vizinhos.
No âmbito nacional, o então presidente dos EUA, Donald Trump, foi informado sobre a situação, a qual classificou como “terrível”, e expressou em pronunciamento na Casa Branca a necessidade de orações pelas vítimas e pelos feridos graves. O ataque em Providence se insere em um contexto mais amplo de violência armada nos Estados Unidos, um país que possui algumas das legislações de armas mais permissivas no mundo desenvolvido. Em comparação com muitas outras nações, ataques a escolas, locais de trabalho e templos religiosos são eventos mais recorrentes no território americano.
O Gun Violence Archive, entidade que classifica como tiroteio em massa qualquer incidente com quatro ou mais vítimas atingidas por disparos, registrou 389 desses eventos nos EUA neste ano, incluindo ao menos seis tiroteios em escolas. No ano anterior, o país contabilizou mais de 500 ataques em massa, segundo os dados compilados pelo arquivo, evidenciando uma persistente e grave questão social.
A estudante Zoe Weissman, do segundo ano da Universidade Brown, compartilhou sua perspectiva com a Reuters, manifestando-se “anestesiada e, principalmente, com raiva”. Weissman, que já havia testemunhado perante legisladores estaduais em apoio à proibição de armas de assalto, relembrou sua experiência como aluna do ensino fundamental em Parkland, Flórida, onde um atirador causou a morte de 17 estudantes e professores em 2018, além de ferir outros indivíduos. A estudante concluiu seu depoimento afirmando estar “chocada, mas não surpresa”, refletindo a sensação de recorrência e a profunda indignação diante de tais eventos.
Para informações atualizadas sobre a segurança universitária e medidas de prevenção, consulte os comunicados oficiais das autoridades locais e instituições de ensino.
Perguntas Frequentes sobre o Ataque na Universidade Brown
Quantas vítimas o ataque na Universidade Brown resultou?
O ataque a tiros na Universidade Brown resultou na morte de dois estudantes e deixou outros nove feridos, totalizando onze vítimas. Sete dos feridos estavam em estado crítico ao final da noite de sábado.
Quais agências de segurança estão envolvidas na busca pelo suspeito?
A operação de busca e investigação mobilizou mais de quatrocentas autoridades, incluindo a polícia local e estadual, além de agentes do Departamento Federal de Investigação (FBI) e do Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF).
Qual é o perfil do suspeito divulgado pelas autoridades?
As autoridades divulgaram um vídeo de segurança mostrando o suspeito como um homem, possivelmente na casa dos 30 anos, vestido de preto. Há incerteza se ele usava uma máscara.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br



















