Sumário
ToggleUma grave ocorrência de trânsito foi registrada na noite de quarta-feira, dia 24, na BR-101, no município de Biguaçu, em Santa Catarina. O incidente resultou em quatro pessoas feridas, incluindo dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e dois pedestres, após um veículo perder o controle e atingir o grupo que se encontrava no acostamento da rodovia para prestar assistência a um acidente anterior. A complexidade do cenário e as consequências do impacto sublinham a importância da prudência no trânsito, especialmente em condições adversas.
Dinâmica do Atropelamento e Atendimento Inicial
O atropelamento br-101 ocorreu em circunstâncias desafiadoras. Conforme os relatos, o condutor de um automóvel, um homem de 37 anos, perdeu o controle direcional de seu veículo ao transitar por uma curva acentuada. A pista, molhada pela chuva, contribuiu para a diminuição da aderência dos pneus, fator que culminou na derrapagem e rotação do carro. O automóvel desgovernado então invadiu o acostamento, local onde os agentes da PRF e os pedestres estavam presentes, oferecendo suporte e atendimento inicial a uma ocorrência de trânsito que havia acontecido momentos antes. O impacto violento pegou as vítimas de surpresa, dada a situação de vulnerabilidade em que se encontravam.
A prontidão no acionamento de equipes de socorro foi crucial. Mesmo ferido, um dos agentes da PRF, Gilberto Estrela, conseguiu utilizar seu telefone celular para solicitar apoio. Ele contatou colegas da equipe de Palhoça, uma localidade do litoral catarinense, e também a central de flagrantes. Este ato permitiu uma resposta rápida e coordenada. As operações de resgate e transporte dos feridos foram conduzidas por equipes especializadas da concessionária Arteris Litoral Sul, responsável pela administração do trecho, e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Todos os envolvidos foram prontamente encaminhados para unidades hospitalares na região, onde receberam os primeiros cuidados e iniciaram o acompanhamento médico.
Consequências Legais para o Condutor
O motorista envolvido no atropelamento br-101, apesar da gravidade do acidente, saiu ileso do impacto físico. No entanto, as ramificações legais de suas ações foram imediatas e severas. Ao ser abordado pelas autoridades no local do acidente, o homem de 37 anos recusou-se a realizar o teste do bafômetro, procedimento padrão para verificar a presença de álcool no organismo e a capacidade psicomotora do condutor. Essa negativa, por si só, é considerada uma infração de trânsito gravíssima. As penalidades previstas para tal infração incluem a aplicação de uma multa de valor elevado e a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Adicionalmente às sanções administrativas, o condutor agora enfrentará as consequências no âmbito criminal. Diante das lesões corporais causadas às quatro vítimas, ele será responsabilizado criminalmente. A recusa ao teste do bafômetro, aliada às circunstâncias que levaram ao atropelamento e aos ferimentos decorrentes, configura um cenário jurídico complexo que demandará acompanhamento judicial e poderá resultar em penas mais rigorosas, dependendo da avaliação das autoridades competentes e do Ministério Público.
Detalhes das Lesões das Vítimas
As quatro vítimas do atropelamento br-101 receberam atendimento médico e estão sob observação. Os dois pedestres que foram atingidos, embora feridos, apresentam quadros de saúde considerados estáveis, o que permite um prognóstico mais favorável para suas recuperações. Contudo, a situação dos agentes da PRF demanda atenção mais específica devido à natureza de suas lesões.
A agente Bia Azur sofreu uma fratura severa no braço, exigindo intervenção cirúrgica. Ela permanece internada em uma unidade hospitalar e tem um procedimento operatório agendado para a sexta-feira, dia 26, visando a correção e recuperação da lesão. O agente Gilberto Estrela, por sua vez, também teve ferimentos significativos. Ele apresenta uma fratura na perna esquerda, além de lesões no ombro e no braço. Apesar da gravidade, sua condição não necessitará de cirurgia, mas requer imobilização prolongada dos membros afetados, indicando um período de recuperação que demandará cuidados intensivos e fisioterapia. A recuperação de ambos os agentes é acompanhada de perto pelas equipes médicas e pela própria instituição da PRF.
Relato do Agente e Operação de Resgate
O agente Gilberto Estrela, um dos feridos, forneceu um relato detalhado sobre os momentos que precederam o atropelamento br-101 e a sequência dos eventos. Ele descreveu que o primeiro indício de perigo foi o barulho característico de pneus derrapando, um sinal inequívoco de perda de controle do veículo. Segundo sua narrativa, o impacto inicial o atingiu, arremessando-o para trás. Em seguida, o veículo desgovernado colidiu com um dos pedestres, que foi projetado para cima e girou no ar. A trajetória do carro prosseguiu, atingindo um terceiro veículo, antes de finalmente acertar a colega, agente Bia Azur, que estava posicionada em outro ponto do acostamento.
Após a sequência de impactos, o agente Estrela, mesmo com múltiplas lesões, não conseguiu se levantar imediatamente. Ele relata ter se movido com extrema cautela, buscando verificar a integridade de sua coluna vertebral, um procedimento essencial para evitar o agravamento de possíveis lesões. A sensação de vulnerabilidade era intensa, e ele permaneceu deitado no chão, movido pelo temor de que outro veículo pudesse perder o controle e causar um novo acidente fatal na via. A coordenação da resposta ao incidente foi eficiente, com as equipes de socorro da Arteris Litoral Sul e do Samu atuando de forma integrada para garantir o encaminhamento rápido de todos os feridos para as unidades de saúde da região.
Em um desabafo sobre o ocorrido, o agente Estrela mencionou o impacto emocional da data. Ele destacou que aquela semana marcaria o primeiro Natal de seu filho, que completaria oito meses no sábado seguinte, dia 27. Este detalhe pessoal contextualiza a profundidade do trauma vivenciado, adicionando uma dimensão humana à tragédia do acidente. A recuperação dos envolvidos, tanto física quanto emocional, é prioridade neste momento, contando com o suporte das instituições e de seus familiares.
Repercussão e Alerta da PRF
A Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina acompanha de perto o desenvolvimento do caso do atropelamento br-101. A instituição tem prestado suporte aos agentes envolvidos e monitorado a situação dos pedestres feridos. Além do acompanhamento do inquérito e das investigações, a PRF aproveitou a oportunidade para reforçar um alerta crucial para a segurança no trânsito, especialmente em períodos de condições climáticas adversas. A corporação enfatizou a necessidade de máxima prudência ao dirigir sob chuva, um fator que aumenta exponencialmente os riscos de acidentes.
O aviso destacou que trechos com curvas acentuadas, como o local do acidente em Biguaçu, tornam-se particularmente perigosos com a pista molhada, devido à drástica redução da aderência dos pneus. Em tais condições, a distância de frenagem aumenta e a capacidade de manobra do veículo é comprometida, exigindo que os motoristas diminuam significativamente a velocidade e redobrem a atenção. A PRF reafirma seu compromisso com a segurança viária e a prevenção de acidentes, buscando conscientizar os condutores sobre a importância de adotar uma direção defensiva para proteger a própria vida e a de terceiros.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Onde e quando ocorreu o atropelamento?
O atropelamento aconteceu na BR-101, no município de Biguaçu, em Santa Catarina, na noite de quarta-feira, dia 24.
Quantas pessoas foram feridas e quais suas condições?
Quatro pessoas ficaram feridas: dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e dois pedestres. Os pedestres estão estáveis, a agente Bia Azur tem fratura severa no braço e precisa de cirurgia, e o agente Gilberto Estrela sofreu fratura na perna esquerda e lesões no ombro e braço, sem necessidade de cirurgia.
O que aconteceu com o motorista do veículo?
O motorista, um homem de 37 anos, saiu ileso, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele foi autuado por infração gravíssima e responderá criminalmente pelas lesões corporais causadas.
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Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br


















