Um incêndio na Blue Zone da COP30 poderia ter tido consequências devastadoras caso a estrutura não contasse com materiais retardantes de chama. A avaliação é de Geraldo Portela, especialista em gerenciamento de riscos, que analisou as imagens do incidente e concluiu que a proteção existente evitou um cenário ainda mais grave. Segundo ele, um material sem essa proteção permitiria que o fogo se alastrasse rapidamente, consumindo toda a área em poucos segundos.
O incêndio, ocorrido na tarde de quinta-feira, forçou o fechamento temporário da Blue Zone, com as atividades sendo retomadas horas depois.
Portela ressalta os riscos inerentes à montagem de estruturas temporárias, afirmando que elas representam um risco maior do que instalações fixas, que são submetidas a normas de segurança mais rigorosas. Segundo o especialista, a flexibilização das exigências em relação à resistência ao fogo, sistemas de combate e materiais em estruturas temporárias, justificadas pela curta duração de uso, não deveria ser aplicada em um evento da magnitude da COP30.
O especialista ainda esclarece que materiais “anti-chama” não são imunes ao fogo, mas sim projetados para retardar sua propagação.
A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação para apurar as causas do incêndio. A principal linha de investigação aponta para um possível curto-circuito provocado por um forno micro-ondas incompatível com a rede elétrica local.
O incidente resultou em atendimento médico para treze pessoas devido à inalação de fumaça, com três delas necessitando de hospitalização. A organização da COP30 informou que a área afetada permanecerá isolada até o término da conferência.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br

















