O líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, formalizou nesta quinta-feira, ações tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto na Mesa Diretora da Câmara, questionando a saída do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) do território nacional. A iniciativa surge em meio a medidas cautelares previamente impostas a Ramagem, que o proibiam expressamente de deixar o Brasil.
Segundo Farias, o caso levanta sérias questões sobre a integridade das instituições brasileiras. Ele declarou que “Um parlamentar condenado por crimes graves contra a democracia não pode fugir para Miami como se nada tivesse acontecido. A lei vale para todos e irá imperar contra o deputado fugitivo que seguiu o exemplo de Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro, entre outros”.
A polêmica em torno da viagem de Ramagem ganhou força após sua identificação em Miami, nos Estados Unidos. Anteriormente, um grupo de deputados do PSOL-RJ (Pastor Henrique Vieira, Glauber Braga, Chico Alencar, Tarcísio Motta e Talíria Petrone) já havia solicitado ao STF a decretação da prisão preventiva de Ramagem, sob a alegação de que “tudo indica que ele fugiu para os Estados Unidos”.
A Câmara dos Deputados, por sua vez, comunicou que não recebeu nenhuma notificação oficial sobre a viagem de Ramagem e que tampouco autorizou qualquer deslocamento oficial do deputado ao exterior.
Ramagem, que ocupou o cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Jair Bolsonaro, foi condenado a 16 anos de prisão na ação penal referente à trama golpista. Ele recorre da decisão em liberdade.
Durante o processo de investigação, o ministro Alexandre de Moraes determinou que Ramagem ficasse impedido de sair do país e que entregasse todos os seus passaportes, tanto os nacionais quanto os estrangeiros.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

















