Sumário
ToggleA ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reafirmou o compromisso do governo federal com a responsabilidade fiscal, destacando a importância de equilibrar o crescimento econômico e o controle da inflação. A declaração foi feita durante um almoço anual promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), onde a ministra abordou os desafios enfrentados na implementação de reformas fiscais e a necessidade de colaboração entre os setores público e privado para alcançar os objetivos de desenvolvimento do país.
Desafios nas Reformas Fiscais e a Atuação de Lobbies
Simone Tebet mencionou que, ao longo dos três anos de governo, o Poder Executivo se esforçou para implementar medidas de controle de gastos, mas enfrentou dificuldades significativas devido à influência de lobbies. A ministra ressaltou que o avanço nas reformas fiscais tem sido mais lento do que o necessário e enfatizou a importância de compartilhar as responsabilidades para superar os obstáculos existentes.
O Papel do Setor Financeiro na Redução de Gastos
Durante sua fala, Tebet enfatizou o papel crucial que o setor financeiro e os bancos podem desempenhar no convencimento do Congresso Nacional sobre a necessidade de reduzir certos gastos, especialmente os relacionados a benefícios tributários e isenções fiscais. Ela fez um apelo aos agentes do mercado para que se tornem parceiros do Brasil, defendendo a causa da responsabilidade fiscal tanto no Poder Executivo quanto no Congresso Nacional.
A Necessidade de um Crescimento Justo e Sustentável
A ministra defendeu que o crescimento econômico não deve ser freado pelo medo da inflação. Em vez disso, ela propôs a criação de condições para um crescimento justo e sustentável, com foco no controle dos gastos públicos e na responsabilidade fiscal. Tebet ressaltou a importância de um planejamento orçamentário cada vez mais eficiente, citando o exemplo de países asiáticos que estabelecem metas de médio e longo prazo e orientam seus investimentos com base em indicadores e números.
Investir Bem é Essencial
“Gastar muito é ruim, mas gastar mal é pior ainda”, afirmou a ministra, defendendo a necessidade de priorizar investimentos em setores estratégicos como ciência, tecnologia e inovação, ao mesmo tempo em que se cortam gastos considerados ineficientes ou prejudiciais.
Perspectivas Positivas para o Encerramento de 2025
Simone Tebet destacou que o Brasil está encerrando 2025 em uma situação melhor do que a inicialmente prevista, apesar de algumas dificuldades, como o elevado nível da taxa de juros. Ela também mencionou que o Produto Interno Bruto (PIB) potencial do país precisa ser revisto, uma vez que não se limita mais a 1,5%.
Compromisso com a Austeridade Fiscal em 2026
A ministra do Planejamento e Orçamento anunciou que o governo federal não pretende realizar novos gastos públicos em 2026. Ela enfatizou a necessidade de avançar na agenda de corte de gastos, especialmente em relação aos benefícios tributários, mesmo que isso signifique adotar medidas lineares, que não são consideradas ideais, mas são viáveis no cenário atual.
A Urgência do Planejamento Orçamentário
Tebet reforçou a importância de um planejamento orçamentário cada vez mais rigoroso e defendeu que o Brasil precisa abandonar a cultura do improviso. Ela mencionou que o país investe consideravelmente em educação, mas ainda enfrenta desafios significativos na qualidade do ensino público.
FAQ sobre Responsabilidade Fiscal e Crescimento Econômico
O que significa responsabilidade fiscal?
A responsabilidade fiscal refere-se à gestão eficiente e transparente dos recursos públicos, buscando o equilíbrio entre receitas e despesas para garantir a estabilidade econômica e o desenvolvimento sustentável do país.
Qual a relação entre crescimento econômico e controle da inflação?
O crescimento econômico e o controle da inflação são dois objetivos interdependentes. Um crescimento econômico descontrolado pode levar ao aumento da demanda e, consequentemente, à inflação. Por outro lado, um controle excessivo da inflação pode prejudicar o crescimento econômico. O ideal é encontrar um equilíbrio que permita o desenvolvimento sustentável do país.
Como o setor financeiro pode contribuir para a responsabilidade fiscal?
O setor financeiro pode contribuir para a responsabilidade fiscal por meio do convencimento do Congresso Nacional sobre a necessidade de reduzir gastos desnecessários, como benefícios tributários e isenções fiscais. Além disso, os agentes do mercado podem atuar como parceiros do governo, defendendo a causa da responsabilidade fiscal tanto no Poder Executivo quanto no Congresso Nacional.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br


















