Genebra – O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou um plano de reestruturação que prevê o corte de aproximadamente 2.900 postos de trabalho e uma significativa redução em seu orçamento global. A medida, divulgada em comunicado nesta sexta-feira, visa ajustar as operações da organização à realidade de um cenário de arrecadação de doações menos favorável.
O orçamento para 2026 será reduzido em 17%, passando para 1,8 bilhão de francos suíços, o equivalente a US$ 2,23 bilhões. A decisão de diminuir o financiamento e o quadro de funcionários reflete um esforço para otimizar a utilização dos recursos disponíveis e garantir a sustentabilidade das atividades humanitárias em longo prazo.
A Cruz Vermelha, presente em diversas regiões do mundo, desempenha um papel crucial no fornecimento de assistência a vítimas de conflitos armados, desastres naturais e outras situações de emergência. A organização atua na linha de frente, prestando socorro, oferecendo apoio médico, reunindo famílias separadas e promovendo o respeito ao direito internacional humanitário.
Embora a nota oficial não detalhe quais áreas específicas serão mais afetadas pelos cortes, a redução no orçamento e no número de funcionários inevitavelmente impactará as operações da Cruz Vermelha em diversas regiões. A organização terá que priorizar projetos e adaptar suas estratégias para continuar atendendo às necessidades mais urgentes das populações vulneráveis.
O comunicado não especificou o cronograma exato para a implementação das mudanças, nem como os cortes serão distribuídos geograficamente. Contudo, a magnitude da reestruturação indica que a Cruz Vermelha enfrentará desafios consideráveis nos próximos anos para manter seu nível de atuação e impacto em meio à crescente demanda por assistência humanitária global. A diminuição de recursos pode exigir parcerias mais estratégicas e o desenvolvimento de novas formas de financiamento para garantir a continuidade das operações.

















