Greve nos Correios: Sindicatos em Nove estados e Proposta de Acordo do

Sindicatos representantes dos trabalhadores dos Correios em nove estados brasileiros iniciaram, na última quarta-feira, 17 de julho, um movimento de greve por tempo indeterminado. A paralisação é uma resposta a medidas adotadas pela empresa estatal e à ausência de um consenso em relação a um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e ao reajuste salarial para a categoria. A mobilização abrange sindicatos de localidades como Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A pauta de reivindicações dos trabalhadores é multifacetada, abordando questões salariais e a manutenção de direitos históricos. Paralelamente, em uma tentativa de mediar o conflito, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) apresentou uma proposta de ACT para o biênio 2025/2026, buscando preservar benefícios e assegurar a estabilidade dos empregados em um cenário considerado desafiador para a companhia.

A Paralisação e sua Abrangência Nacional

O movimento grevista, iniciado na quarta-feira (17), concentra-se em nove estados, conforme a adesão dos respectivos sindicatos da categoria. Esta mobilização abrange uma porção significativa do território nacional, com representatividade nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. A decisão pela greve por tempo indeterminado reflete a insatisfação dos trabalhadores com as condições atuais e a condução das negociações com a administração dos Correios.

Contudo, é importante ressaltar que a adesão ao movimento não é unânime entre as representações sindicais da estatal. Dos 36 sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios em todo o país, 24 não aderiram à paralisação. Este dado indica que a greve é parcial e localizada, com maior concentração de apoio nos estados mencionados. A empresa, por sua vez, informou que, na quinta-feira (18), todas as suas agências em território nacional operavam normalmente e que os serviços de entrega seguiam sendo realizados.

Os Correios também comunicaram que, na quarta-feira, dia de início da greve, aproximadamente 91% do efetivo total da companhia esteve em atividade. Para mitigar quaisquer potenciais impactos operacionais decorrentes da paralisação, a empresa adotou medidas contingenciais. Tais ações visam garantir a continuidade da prestação dos serviços essenciais à população, minimizando transtornos aos usuários e mantendo a funcionalidade de sua rede logística.

Reivindicações Centrais da Categoria

Os sindicatos que aderiram à greve por tempo indeterminado fundamentam suas ações em uma série de reivindicações específicas, que buscam assegurar melhores condições de trabalho e remuneração para os empregados. O cerne das exigências reside na busca por um acordo coletivo que contemple pontos considerados cruciais pela categoria.

Entre as principais demandas dos trabalhadores, destaca-se o pedido de reajuste salarial. Esta reivindicação visa a reposição integral da inflação acumulada, buscando preservar o poder de compra dos salários diante das flutuações econômicas. A manutenção de direitos históricos previstos em acordos coletivos anteriores também figura como um ponto inegociável, refletindo a preocupação em não retroceder em benefícios já conquistados ao longo dos tempo. Para mais informações sobre como os direitos trabalhistas são defendidos, veja nosso artigo sobre .

Além disso, a categoria pleiteia a instituição de um adicional de 70% nas férias, visando um incremento na remuneração durante este período de descanso. Outro ponto relevante é o pedido de um adicional de 200% para o trabalho realizado aos fins de semana, o que reflete a demanda por uma valorização acentuada das horas extras e do esforço despendido em dias não úteis. Por fim, uma das reivindicações financeiras específicas inclui o pagamento de um “Vale-peru” no valor de R$ 2.500, um benefício social que a categoria busca reaver ou implementar.

A Resposta dos Correios e a Intervenção do TST

Em resposta à paralisação e às reivindicações apresentadas, os Correios reafirmaram seu compromisso com o diálogo responsável, a sustentabilidade da empresa e a preservação dos empregos. A gestão da estatal busca equilibrar as demandas dos trabalhadores com a saúde financeira e operacional da companhia.

Neste contexto de negociações e mobilização, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) desempenhou um papel ativo de mediação. Na mesma quarta-feira em que a greve teve início (17), o TST apresentou uma proposta formal de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para o biênio 2025/2026 dos Correios. Esta proposta surgiu após uma série de audiências de mediação conduzidas pela Corte, com o objetivo de facilitar um entendimento entre as partes e evitar um prolongamento do impasse.

A proposta do TST foi concebida para ter uma vigência de dois anos e foi elaborada com foco em objetivos específicos: preservar os benefícios já existentes para os empregados, assegurar a continuidade dos serviços, promover a estabilidade no emprego e manter o respeito aos colaboradores da empresa. A Corte reconheceu que a proposta foi formulada em um cenário econômico-financeiro considerado “desafiador” para os Correios, o que sugere um esforço para conciliar as expectativas dos trabalhadores com as capacidades operacionais e financeiras da estatal. A mediação de conflitos trabalhistas é um aspecto crucial para a harmonia nas relações de trabalho. Entenda mais sobre .

Acordo Coletivo de Trabalho: Detalhes e Significado

O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) é um instrumento jurídico de negociação direta entre o sindicato representativo dos trabalhadores de uma determinada categoria profissional e uma ou mais empresas. Diferentemente da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que abrange uma categoria inteira em uma base territorial, o ACT estabelece condições e benefícios específicos exclusivamente para os funcionários da empresa ou grupo empresarial envolvido na negociação, sem estender seus efeitos para outras categorias ou empregadores.

A proposta de ACT apresentada pelo TST para os Correios reflete essa especificidade. Com duração de dois anos (2025/2026), o documento busca ser um balizador para as relações de trabalho na empresa. O foco da Corte na preservação de benefícios, continuidade, estabilidade e respeito aos colaboradores indica uma tentativa de solidificar as condições de trabalho e garantir um ambiente de previsibilidade para os empregados. A menção ao “cenário econômico-financeiro desafiador” da empresa sugere que a proposta é um esforço para encontrar um equilíbrio entre as aspirações dos trabalhadores e as limitações orçamentárias e operacionais da companhia.

O processo de formalização deste acordo ainda está em andamento. A proposta elaborada pelo TST será submetida à deliberação nas assembleias das federações representativas dos empregados. Somente após essa etapa de análise e votação interna pelos trabalhadores é que a proposta poderá ser aceita ou rejeitada, definindo os próximos passos nas relações trabalhistas dos Correios.

FAQ

Q1: Quantos sindicatos dos Correios aderiram à greve iniciada na quarta-feira?
A1: Nove sindicatos de trabalhadores dos Correios aderiram à greve por tempo indeterminado. Eles representam os estados do Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Q2: Quais são as principais reivindicações dos trabalhadores em greve?
A2: As principais reivindicações incluem reajuste salarial com reposição da inflação, manutenção de direitos históricos do Acordo Coletivo de Trabalho, adicional de 70% nas férias, 200% para trabalho aos fins de semana e um “Vale-peru” de R$ 2.500.

Q3: Qual foi a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em relação ao Acordo Coletivo de Trabalho dos Correios?
A3: O TST apresentou uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para o biênio 2025/2026, com duração de dois anos, que visa preservar os benefícios, a continuidade, a estabilidade e o respeito aos colaboradores dos Correios, mesmo em um cenário econômico-financeiro desafiador para a empresa.

Para informações detalhadas sobre as negociações entre empresas e sindicatos, acompanhe as atualizações dos órgãos competentes.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

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