Marfrig e BRF: Cade Libera Incorporação sem Imposições

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu sinal verde, nesta sexta-feira (5), para a incorporação da BRF pela Marfrig. A decisão foi tomada sem restrições, pavimentando o caminho para a criação de uma gigante do setor alimentício com receita anual estimada em R$152 bilhões.

A BRF, conhecida por sua forte atuação nos mercados de carne de frango, suína e alimentos processados, passará a integrar a estrutura da Marfrig, um dos maiores players na produção de carne bovina. O acordo foi estruturado por meio de uma troca de ações, na proporção de 0,8521 ação da Marfrig por cada ação da BRF.

Com a incorporação, a Marfrig, que já detinha uma participação majoritária na BRF, reunirá todas as ações da companhia sob seu controle. Em contrapartida, os acionistas da BRF receberão papéis da Marfrig, conforme detalhado em comunicado oficial do Cade.

A nova empresa, denominada MBRF, surge como um concorrente de peso para a JBS, atualmente a maior produtora global de carnes.

A MBRF terá presença global, atuando em 117 países com um portfólio de marcas consolidadas como Sadia, Perdigão e Bassi, entre outras. Sua capacidade produtiva é estimada em 8 milhões de toneladas de produtos anualmente.

Na época do anúncio do acordo, as empresas projetaram sinergias da ordem de R$805 milhões por ano. Desse total, estimava-se que entre R$400 milhões e R$500 milhões seriam alcançados nos primeiros 12 meses, com o restante a ser realizado no médio e longo prazo.

O processo de aprovação no Cade enfrentou um pedido de reanálise por parte da Minerva Foods, que levantou preocupações sobre potenciais riscos à concorrência. A alegação da Minerva focava na participação acionária da Salic, uma empresa saudita, tanto na Marfrig quanto na própria Minerva. A empresa argumentava que essa relação poderia levar a uma coordenação de ações entre concorrentes e troca de informações sensíveis.

O presidente do Cade, Gustavo Augusto, acolheu parcialmente a solicitação da Minerva, mas ressaltou que a participação da SALIC não era o foco da operação em análise. Contudo, o conselheiro Victor Fernandes discordou, afirmando que o recurso não deveria ter sido aceito.

Ao final, o Tribunal do Cade decidiu, por maioria, seguir o voto do conselheiro Victor Fernandes e não acatou o recurso da Minerva. No mérito da questão, o conselho aprovou a operação por unanimidade, mantendo a decisão inicial, que já havia dado o aval para a transação.

Fonte: forbes.com.br

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