As autoridades do Irã confirmaram a execução de Mehran Bahramian neste sábado. Ele foi condenado à morte pelo envolvimento em um ataque que resultou na morte de um membro das forças de segurança durante os protestos em massa de 2022.
Bahramian foi considerado culpado de atirar contra um veículo das forças de segurança na cidade de Semirom, localizada na província de Isfahan. O ataque resultou na morte de Mohsen Rezaei, um agente de segurança, e também deixou vários outros feridos. A de notícias do Judiciário, Mizan Online, detalhou as acusações.
O incidente ocorreu em 31 de dezembro de 2022, em meio a uma onda de manifestações desencadeadas pela morte de Mahsa Amini, uma jovem iraniana de origem curda. Amini havia sido detida em setembro do mesmo ano, sob a acusação de violar o código de vestimenta imposto às mulheres no país. Sua morte sob custódia policial gerou revolta e protestos generalizados.
Após o julgamento, a sentença imposta pelo tribunal de Isfahan foi confirmada pela Suprema Corte do país. A execução de Bahramian foi realizada neste sábado ao amanhecer, seguindo os procedimentos legais estabelecidos, segundo informações divulgadas pela Mizan.
Os protestos de 2022 resultaram em centenas de mortes, incluindo membros das forças de segurança, e milhares de prisões em todo o país.
O Irã figura como o segundo país com o maior número de execuções no mundo, ficando atrás apenas da China. Organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional, monitoram de perto a situação no país.
Fonte: jornaldebrasilia.com.br
