Belém acolhe protestos por ação climática urgente durante a cúpula cop30

Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Belém no último sábado (15), em uma demonstração massiva e pacífica, exigindo ações mais efetivas na proteção do planeta e manifestando descontentamento com governos e indústrias de combustíveis fósseis.

O protesto ocorreu em meio à COP30, evento climático que busca converter promessas em medidas concretas para conter o aumento das temperaturas globais e auxiliar as populações mais vulneráveis aos impactos do aquecimento global.

A manifestação reuniu povos indígenas, jovens ativistas e representantes da sociedade civil, que, sob o calor intenso, entoaram cânticos, tocaram instrumentos musicais e exibiram faixas com mensagens de alerta e reivindicação.

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, discursou aos manifestantes, ressaltando a importância daquele espaço para traçar um caminho para as ações necessárias na COP, incluindo a transição para longe do desmatamento e dos combustíveis fósseis.

Cristiane Puyanawa, uma manifestante indígena, participou do ato para reivindicar mais direitos à terra, enfatizando que “Nossa terra e nossa floresta não são mercadorias. Respeitem a natureza e os povos que vivem na floresta”.

A COP30 tem sido palco de diversas manifestações. Na terça-feira (11), um confronto entre indígenas e seguranças ocorreu durante uma tentativa de entrada forçada no local. Já na sexta-feira (14), uma manifestação pacífica bloqueou o acesso ao evento.

No sábado (15), dia designado para protestos na cúpula, uma forte presença de seguranças, incluindo policiais militares com equipamentos antimotim, foi notada ao redor do local, embora o trajeto da marcha não passasse diretamente por ali.

As negociações da COP30 estão entrando em sua fase política, com os negociadores apresentando os resultados da primeira semana de debates. Em seguida, os ministros tentarão solucionar os obstáculos políticos remanescentes.

Katharine Hayhoe, cientista-chefe da organização ambiental The Nature Conservancy, enfatizou a importância de lembrar que a ação climática não se resume a números e metas abstratas, mas sim às pessoas, e que cada decisão tomada hoje moldará o futuro.

A agenda da cúpula abrange uma ampla gama de questões, buscando aprimorar o progresso alcançado nos anos anteriores, em um processo gradual que, ao longo de três décadas, resultou em avanços, mas ainda insuficientes para conter o aquecimento global.

O formato das conclusões da cúpula permanece incerto, com discussões paralelas sobre temas controversos, como o aumento do financiamento climático, a eliminação dos combustíveis fósseis e o enfrentamento de um déficit coletivo nos planos de redução de emissões.

A presidência brasileira da COP30 deve decidir se buscará um acordo político sobre essas questões, que possa ser endossado por todos, conhecido como uma “decisão de capa”.
Andre Corrêa do Lago, presidente da COP30, afirmou que, embora não haja um planejamento para tal decisão, a presidência considerará a proposta caso haja um movimento dos países nesse sentido.

Fonte: forbes.com.br

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