Desembolso do fgc no caso master pode chegar a r$ 49 bilhões

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) prevê que os pagamentos decorrentes da liquidação extrajudicial do Banco Master, Banco Master de Investimento, Banco Lestsbank e Master Corretora de Câmbio devem atingir cerca de R$ 41 bilhões, podendo alcançar a marca de R$ 49 bilhões.

A estimativa foi divulgada pelo diretor-presidente do FGC, Daniel Lima. Segundo ele, o valor poderá se aproximar dos R$ 49 bilhões caso o regime de administração temporária especial (Raet) implementado no Banco Master Múltiplo não obtenha o resultado esperado, levando à liquidação também desta instituição.

Atualmente, o FGC trabalha com a projeção inicial de R$ 41 bilhões, valor que será retirado da reserva de liquidez de R$ 122 bilhões. Essa reserva é formada pelas contribuições dos bancos associados e tem como objetivo evitar riscos sistêmicos em situações como a atual. Mesmo assim, este será o maior desembolso realizado pelo FGC em seus 30 anos de existência no formato atual.

De acordo com Lima, a quebra do Bamerindus na década de 1990 é o único evento comparável em termos de magnitude de desembolso. “Ajustado à inflação, esse seria o caso de porte comparável, mas, ao mesmo tempo, todas as demais condições do sistema financeiro e bancário eram completamente diferentes”, afirmou.

O FGC estima que, com base em casos anteriores, o pagamento do montante total de R$ 41 bilhões aos depositantes poderá ser realizado em aproximadamente três meses após o início dos pagamentos, previsto para meados de dezembro. Em média, 90% dos investidores costumam solicitar acesso à cobertura dentro desse período.

O prazo de 30 dias para início dos pagamentos é uma referência baseada em casos anteriores, mas depende da entrega da lista de investidores elegíveis por parte do interventor da liquidação. Embora não haja um prazo específico para essa entrega, a preparação da lista deve começar imediatamente após a data da liquidação.

O valor total da cobertura pode variar, pois a estimativa atual do FGC se baseia em informações mensais consolidadas fornecidas pelas instituições. A identificação dos CPFs correspondentes e a verificação dos valores são responsabilidade do interventor.

Lima também mencionou que as discussões sobre uma possível estratégia para recompor o fundo de liquidez devem começar no final do ano. “A recomposição vai ser discutida para se criar um plano de ação, a partir do tamanho do ajuste que terá de ser feito”, explicou.

De acordo com o regulamento do FGC, uma das primeiras medidas a serem consideradas seria a antecipação das contribuições dos bancos associados, o que, no caso do Banco Master, poderia representar um volume equivalente a cinco anos de contribuições. No entanto, essa decisão ainda depende de uma avaliação precisa do tamanho do ajuste necessário.

O episódio pode levar a melhorias no FGC, com o objetivo de fortalecer a estabilidade do sistema. “Agora o momento é de ressarcir os investidores e, depois, refletir sobre as lições aprendidas. Se forem identificadas oportunidades de melhoria do sistema, vamos implementar”, afirmou Lima. Ele também enfatizou que o FGC é uma entidade privada sem fins lucrativos com 30 anos de história e já passou por 40 situações semelhantes. “Este é o 41º episódio, e o FGC vai cumprir as garantias e sair mais confiante desse processo”, concluiu.

Fonte: www.infomoney.com.br

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