Guerra tarifária não acaba: após taxar carros e petróleo, Trump mira agora o setor farmacêutico

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (28) que novas tarifas voltadas para o setor farmacêutico serão divulgadas “em breve”. O republicano, que já utilizou a política tarifária como ferramenta de negociação comercial ao longo de seu mandato, não forneceu mais detalhes sobre as novas medidas. O anúncio foi feito a jornalistas a bordo do Air Force One, aeronave presidencial dos EUA.

Além disso, Trump reiterou sua disposição para firmar acordos com outros países em relação às tarifas recíprocas, que começarão a valer em 2 de abril. No entanto, o presidente deixou claro que essas negociações só ocorrerão após a implementação das tarifas. A imposição de tarifas tem sido uma estratégia recorrente do governo Trump para pressionar parceiros comerciais a reduzirem barreiras à entrada de produtos norte-americanos em seus mercados.

Entre as recentes medidas, Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre todos os carros importados pelos EUA, além de um decreto que impõe uma taxa da mesma magnitude a países que compram petróleo e gás da Venezuela. Especialistas avaliam que essas políticas podem aumentar a inflação interna e afetar as contas públicas do país devido à renúncia de impostos para favorecer empresas norte-americanas.

Impactos econômicos e internacionais

A implementação de tarifas pode ter efeitos significativos tanto para a economia dos EUA quanto para o mercado global. Nos Estados Unidos, a elevação das tarifas pode levar a um aumento nos preços ao consumidor e dificultar os esforços do Federal Reserve (Fed) para controlar a inflação. Com isso, há a possibilidade de que o banco central norte-americano mantenha as taxas de juros elevadas por um período mais longo, impactando o custo do crédito e a atividade econômica.

No Brasil, a valorização do dólar e a fuga de capitais podem pressionar o Banco Central a manter a taxa Selic em patamares elevados, dificultando a recuperação econômica. Além disso, uma desaceleração da economia dos EUA e de parceiros comerciais como China e União Europeia pode reduzir a demanda global por commodities, prejudicando exportadores brasileiros.

Outro possível reflexo no mercado brasileiro é a chegada de um maior volume de produtos chineses. Com as restrições dos EUA às importações da China, fabricantes asiáticos podem buscar novos mercados para seus produtos, o que pode intensificar a concorrência com indústrias nacionais.

Resposta do governo brasileiro

Diante das novas tarifas anunciadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as medidas. O governo brasileiro busca negociar com os Estados Unidos para evitar impactos negativos sobre as exportações nacionais, especialmente no setor automotivo e agrícola.

Enquanto isso, especialistas apontam que as disputas tarifárias entre grandes economias, como EUA e China, podem levar a uma maior fragmentação do comércio internacional. A crescente adoção de políticas protecionistas pode alterar cadeias produtivas globais e forçar países emergentes, como o Brasil, a diversificarem seus mercados e reduzirem a dependência de grandes potências econômicas.

Com a escalada das tensões comerciais, o mercado global segue atento aos próximos passos do governo norte-americano e às possíveis retaliações por parte de outros países. O impacto dessas políticas será crucial para definir os rumos da economia global nos próximos meses.

 

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