A China manifestou sua insatisfação com a passagem de navios militares dos Estados Unidos e do Reino Unido pelo Estreito de Taiwan, ocorrida na última sexta-feira. A ação coincidiu com o anúncio de que o mais recente porta-aviões chinês, Fujian, também realizou uma travessia pela mesma área, como parte de testes prévios à sua entrada em operação.
O Estreito de Taiwan, uma das rotas marítimas mais movimentadas globalmente, é reivindicado por Pequim como parte integrante de seu território, assim como a própria ilha de Taiwan.
Segundo comunicado do coronel Shi Yi, porta-voz do Comando Oriental do Exército chinês, o contratorpedeiro americano Higgins e a fragata britânica Richmond transitaram pelo Estreito de Taiwan no dia 12 de setembro, gerando preocupação e interrupções.
Em resposta à manobra, o Exército chinês informou ter mobilizado forças navais e aéreas para acompanhar e monitorar de perto a passagem dos navios, advertindo que tais ações “minam a paz e a estabilidade” na região.
Os Estados Unidos, o Reino Unido e diversas outras nações consideram o estreito, com cerca de 150 km de largura, como águas internacionais abertas, garantindo a liberdade de navegação.
Nos últimos anos, a China tem intensificado a pressão militar, econômica e diplomática sobre Taiwan, não descartando o uso da força para assumir o controle da ilha no futuro. O Exército taiwanês tem reportado um aumento constante na presença de navios, drones e aeronaves militares chinesas em seu espaço aéreo, bem como a realização de exercícios militares em grande escala.
Fonte: jornaldebrasilia.com.br
