O governo federal deposita esperanças em um debate mais técnico e menos ideológico do projeto antifacção no Senado, após a aprovação do texto na Câmara dos Deputados. A expectativa é que a análise na Casa Alta seja marcada por uma abordagem mais ponderada, buscando um consenso em torno de pontos considerados controversos.
A designação do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) como relator do projeto é vista como um sinal positivo nesse sentido. Vieira, que também preside a CPI do crime organizado, é reconhecido por sua postura moderada e pelo foco em questões de segurança pública. A boa relação entre o governo e o senador alimentam a esperança de que seja possível reverter alguns pontos aprovados na Câmara que geram preocupação.
Entre os pontos de atenção, destacam-se a destinação de recursos e o potencial impacto negativo em fundos de segurança pública, além de sobreposições legislativas e trechos considerados excessivamente abrangentes em relação aos potenciais alvos da lei.
A estratégia do governo é promover um debate aprofundado e construtivo no Senado, buscando ganhar tempo e diminuir a temperatura da discussão. Caso as mudanças propostas sejam aprovadas, o texto retornará à Câmara para nova apreciação. A expectativa é que, nesse momento, o ambiente político esteja mais favorável a um acordo.
Na Câmara, o projeto teve como relator o secretário de segurança pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP-SP). Após a aprovação do texto, Derrite fez críticas à administração federal, embora tenha negado ter politizado a discussão.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br

















