O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) será palco da construção do primeiro Instituto Tecnológico de Emergência do Brasil, um hospital inteligente integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa, conforme o Ministério da Saúde, tem potencial para diminuir em 25% o tempo de espera no setor de emergência, otimizando o atendimento de 120 para 90 minutos, em média.
O projeto receberá um investimento de R$ 1,7 bilhão, viabilizado por meio de cooperação com o Banco do BRICS, que realizará a análise final da documentação. A expectativa é que a unidade entre em operação em 2029.
Para a efetivação do projeto, o governo federal formalizou um acordo de cooperação técnica com o HC e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, responsável pela cessão do terreno para a construção. Esse acordo era o último documento necessário para a conclusão do processo de financiamento junto ao banco.
Essa unidade de saúde faz parte da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS, uma iniciativa do Ministério da Saúde para modernizar a assistência hospitalar no país. A gestão e a operação do hospital ficarão a cargo do HC, com custeio compartilhado entre o Ministério da Saúde e a secretaria de saúde estadual.
Além da redução do tempo de espera no pronto-socorro, o ministério prevê que o hospital agilizará o acesso a UTIs, diminuirá o tempo médio de internação e aumentará o número de atendimentos. A unidade será totalmente digital, utilizando inteligência artificial, telemedicina e conectividade integrada.
A expectativa é que o tempo de permanência de pacientes clínicos em UTIs diminua de 48 para 24 horas, enquanto o tempo de internação em enfermarias passará de 48 para 36 horas. A integração dos sistemas também deverá resultar em uma redução de até 10% nos custos operacionais.
O hospital terá capacidade para atender anualmente 180 mil pacientes em emergência e terapia intensiva, 10 mil em neurologia e neurocirurgia, além de 60 mil consultas ambulatoriais de neurologia. A estrutura seguirá padrões internacionais de sustentabilidade, com certificação verde e sistemas de monitoramento do consumo de energia, água e resíduos.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
















