O Hamas declarou neste domingo que está preparado para iniciar negociações imediatas visando um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A afirmação surge após o recebimento de propostas dos Estados Unidos, mediadas por terceiros, com o objetivo de interromper as hostilidades na região. Em comunicado, o grupo expressou apoio a “qualquer iniciativa que contribua para os esforços em prol da interrupção da agressão”.
O movimento palestino indicou que concordaria em discutir a libertação de todos os prisioneiros, condicionando a medida a uma declaração inequívoca do fim da guerra, à retirada completa das forças israelenses do território e à formação imediata de um comitê de palestinos independentes encarregado de administrar a região.
O Hamas enfatizou a necessidade de garantias públicas e explícitas de cumprimento por parte de Israel para que um acordo seja efetivo, buscando evitar repetições de experiências passadas consideradas infrutíferas. O grupo mencionou uma proposta apresentada em 18 de agosto no Cairo, baseada em uma iniciativa americana, que teria sido aceita pelo Hamas, mas, segundo eles, não obteve resposta por parte de Israel. O comunicado acusou Israel de continuar com “massacres e limpeza étnica” mesmo após aquela mediação.
A declaração do Hamas foi divulgada horas depois de o presidente dos Estados Unidos afirmar que Israel já teria aceitado os termos propostos por Washington para o fim do conflito. O líder americano teria alertado o Hamas sobre possíveis consequências caso não aderisse à proposta, classificando o aviso como o “último” direcionado ao grupo. O Hamas, por sua vez, informou que manterá contato constante com os mediadores internacionais para transformar as ideias em um acordo abrangente.
Fonte: jornaldebrasilia.com.br