A China revela planos de construir uma ‘usina nuclear’ na lua como uma base de energia compartilhada com a Rússia

Em um anúncio de referência, a China revelou planos para construir uma usina nuclear na lua em colaboração com a Rússia, visando a conclusão até 2035.

O projeto, revelado em 23 de abril de 2025, durante uma conferência em Xangai, visa alimentar a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), uma joint venture entre as duas nações.

Essa iniciativa ambiciosa ressalta o objetivo da China de se tornar um poder espacial dominante e marca um passo significativo em direção à presença humana permanente na lua.

Programa espacial ambicioso da China

O programa espacial da China fez avanços notáveis ​​nas últimas décadas.

O país se tornou o terceiro a lançar uma missão tripulada com Shenzhou 5 em 2003 e conseguiu o veículo espacial Chang’e-3 na lua em 2013.

Agora, a China pretende pousar os astronautas na superfície lunar até 2030, um marco que seria o primeiro para o país.

A missão Chang’e-8, programada para 2028, estabelecerá as bases para uma base lunar permanente e tripulada, com a usina nuclear como um componente crítico.

Pei Zhaoyu, engenheiro-chefe da missão Chang’e-8, apresentou o plano, destacando seu papel na sustentação de operações lunares de longo prazo.

Por que energia nuclear?

O ambiente severo da lua coloca desafios únicos para a produção de energia.

A noite lunar, com duração de aproximadamente 14 dias da Terra, torna os painéis solares insuficientes para a energia contínua.

A energia nuclear oferece uma solução confiável e de longo prazo para uma base permanente.

Wu Weiren, designer -chefe do Programa de Exploração Lunar da China, enfatizou a importância de uma fonte de alimentação estável, observando a liderança global da Rússia na tecnologia de energia nuclear para aplicações espaciais.

O trabalho da Rússia sobre rebocadores espaciais movidos a energia nuclear fortalece ainda mais seu papel como parceiro-chave.

Em um anúncio de referência, a China revelou planos para construir uma usina nuclear na lua em colaboração com a Rússia, visando a conclusão até 2035.

Desafios e inovações técnicas

Construir um reator nuclear na lua é uma tarefa formidável. O processo deve ser totalmente automatizado, pois a implantação inicial ocorrerá sem presença humana.

O RuscoSmos da Rússia relatou que a tecnologia para essa automação está quase pronta, com planos de entregar e montar o reator entre 2033 e 2035.

O reator deve ser compacto, durável e capaz de suportar condições lunares extremas, incluindo oscilações de temperatura e radiação.

Resfriar o reator no vácuo da lua é outro obstáculo, mas as soluções estão sendo desenvolvidas.

Além disso, o projeto explora usando recursos lunares, como metais e água, para construção e potencialmente como combustível.

Essa abordagem pode reduzir a dependência de suprimentos baseados na Terra, reduzindo os custos, mas adicionando complexidade.

Fontes de energia alternativas, incluindo matrizes solares em larga escala e infraestrutura para distribuição de aquecimento e eletricidade, também estão sendo consideradas para complementar a usina nuclear.

AspectoDetalhes
Nome do projetoEstação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS)
ColaboradoresChina, Rússia, 17 outros países/organizações
Conclusão do alvoPlanta nuclear até 2035, ILRS Basic Model até 2035
Missão -chaveChang’e-8 (2028) para colocar as bases para a base lunar
Fontes de energiaReator nuclear, matrizes solares, oleodutos/cabos para calor e eletricidade
AutomaçãoNecessário para a implantação do reator, a tecnologia quase pronta
Recursos lunaresUso potencial de metais, água para construção e combustível

Colaboração internacional e o “Projeto 555”

O ILRS é projetado como uma plataforma aberta para cooperação global.

Atualmente, 17 países e organizações internacionais estão envolvidas, e a China lançou o “Projeto 555” para expandir a participação.

Essa iniciativa visa envolver 50 países, 500 instituições científicas e 5.000 pesquisadores em pesquisa lunar, promovendo uma abordagem colaborativa da exploração.

A Conferência de Xangai, com a participação de representantes dessas entidades, destacou o escopo internacional do projeto.

Em um anúncio de referência, a China revelou planos para construir uma usina nuclear na lua em colaboração com a Rússia, visando a conclusão até 2035.

Concorrência Global em Exploração Lunar

O plano da China-Rússia se desenrola em meio à intensa concorrência global.

Os Estados Unidos, através do programa Artemis da NASA, pretendem pousar os astronautas na lua até 2026, uma linha do tempo atrasada a partir de dezembro de 2025.

A NASA também está explorando a energia nuclear lunar, com cientistas do Reino Unido desenvolvendo reatores compactos, indicando uma corrida mais ampla para soluções de energia.

Outras nações, como a Índia e o Japão, estão avançando seus programas lunares, aumentando o cenário competitivo (a Rússia e a China anunciam o plano de reator nuclear).

Os recursos naturais da lua, incluindo óxidos de metal, silício, titânio e água, são um fator importante desta competição. Esses materiais poderiam apoiar a construção, a produção de combustível e até as futuras missões espaciais, tornando as bases lunares estrategicamente valiosas.

Implicações geopolíticas

A parceria da China-Rússia é moldada pela dinâmica geopolítica.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, as sanções ocidentais isolaram Roscosmos, tornando a China um aliado vital.

Essa colaboração pode fortalecer sua aliança estratégica e fornecer um contrapeso às iniciativas espaciais lideradas pelos EUA.

A exclusão da NASA do ILRS, devido a relações geladas com a China e a Rússia, ressalta essa divisão.

A retirada planejada de Roscosmos da Estação Espacial Internacional até 2025 destaca ainda mais as alianças de mudança.

Uma nova fronteira para a humanidade

O plano da China de estabelecer uma base lunar de alimentação nuclear até 2035 é um passo ousado em direção à presença humana permanente na lua.

O projeto se baseia nas realizações espaciais da China, incluindo o pouso de Chang’e-4 no lado distante da lua em 2019 e a missão de retorno da amostra de Chang’e-5 em 2020.

A Rússia, apesar dos contratempos como o acidente do LUNA-25 em 2023, traz décadas de experiência em tecnologia nuclear espacial.

Juntos, eles pretendem redefinir a exploração espacial, abrindo novas possibilidades de descoberta científica e utilização de recursos.

O anúncio de uma usina nuclear lunar pela China e Rússia marca um momento crucial na exploração espacial.

À medida que o ILRS toma forma, ele promete ser um centro de pesquisa internacional, intensificando a corrida global pelo domínio lunar.

Com desafios técnicos, tensões geopolíticas e vastas oportunidades à frente, a Lua é mais uma vez uma fronteira para a ambição e inovação humana.

Related Posts

  • All Post
  • Cultura
  • Curiosidades
  • Economia
  • Esportes
  • geral
  • Notícias
  • Saúde

Escreva um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Edit Template

Nunca perca nenhuma notícia importante. Assine nossa newsletter.

You have been successfully Subscribed! Ops! Something went wrong, please try again.

© 2025 Tenho Que Saber Todos Os Direitos Reservados