A cólica menstrual, conhecida também como dismenorreia, é um desconforto comum que afeta muitas mulheres durante o ciclo menstrual. Felizmente, existem diferentes remédios para cólica menstrual que ajudam a aliviar os sintomas, variando desde medicamentos tradicionais até opções naturais altamente eficazes.
Neste guia completo, você vai descobrir os principais remédios para cólica menstrual, como eles atuam no corpo e o que mais pode ser feito para reduzir a dor e melhorar sua qualidade de vida durante o período menstrual.
Índice
ToggleO que são cólicas menstruais?
As cólicas menstruais são contrações no útero causadas por substâncias chamadas prostaglandinas, que aumentam a sensibilidade à dor e promovem a contração do músculo uterino. Esse processo é natural, mas em algumas mulheres pode provocar dores intensas, irradiadas para as costas ou pernas, além de sintomas como náuseas, fadiga e até vômitos.
Se as dores forem muito fortes ou acompanhadas de outros sintomas, é essencial procurar um ginecologista para investigar possíveis condições como endometriose, miomas ou doença inflamatória pélvica.
Remédios para cólica menstrual: principais opções indicadas
Diversos medicamentos podem ser utilizados para aliviar as cólicas, sempre com a recomendação médica. A seguir, você conhecerá os tipos mais utilizados e como cada um atua no organismo.
1. Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)
Os anti-inflamatórios não esteroides, conhecidos como AINEs, estão entre os remédios para cólica menstrual mais indicados. Eles reduzem a produção de prostaglandinas, substâncias responsáveis pelas contrações uterinas e pela dor.
Exemplos comuns:
Ibuprofeno (Alivium, Advil, Atrofem)
Ácido mefenâmico (Ponstan)
Cetoprofeno (Profenid, Algie)
Piroxicam (Feldene, Cicladol)
Naproxeno (Flanax, Naxotec)
Ácido acetilsalicílico (Aspirina)
Importante: o uso prolongado desses medicamentos pode causar efeitos colaterais como dor de estômago, náuseas ou irritação gástrica. Por isso, devem ser usados apenas pelo tempo necessário e com orientação médica.
2. Analgésicos
Os analgésicos também são bastante eficazes no alívio da cólica menstrual. Eles atuam inibindo substâncias ligadas à percepção da dor, proporcionando conforto durante o período menstrual.
Exemplos comuns:
Paracetamol (Tylenol)
Dipirona (Novalgina)
Esses medicamentos estão disponíveis em farmácias sem necessidade de receita, mas seu uso deve seguir orientação médica, especialmente se a mulher tiver problemas no fígado ou alterações na medula óssea.
3. Antiespasmódicos
Os antiespasmódicos agem diretamente nos músculos do útero, reduzindo as contrações e espasmos que causam dor intensa.
Principais opções:
Escopolamina (Buscopan Simples)
Escopolamina + Dipirona (Buscopan Composto, Atrovex, Buscoplex)
Esses remédios para cólica menstrual são indicados para alívio rápido e prolongado da dor. A escopolamina, por exemplo, pode ser tomada em forma de drágeas ou gotas, com doses ajustadas conforme prescrição médica.
Pessoas com condições como miastenia gravis, distúrbios intestinais ou alergia aos componentes devem evitar esses medicamentos.
4. Anticoncepcionais hormonais
Os anticoncepcionais hormonais atuam prevenindo a ovulação e diminuindo a produção de prostaglandinas, reduzindo tanto o fluxo menstrual quanto as cólicas.
Tipos comuns:
Combinados (estrógeno + progesterona)
Apenas progesterona (pílulas de uso contínuo, injetáveis ou implantes)
Esses medicamentos podem ser uma excelente escolha para mulheres que desejam evitar gravidez e, ao mesmo tempo, controlar os sintomas menstruais. Estudos mostram que os anticoncepcionais hormonais reduzem em até 90% a intensidade das cólicas.
É importante lembrar que esses métodos não protegem contra infecções sexualmente transmissíveis. Portanto, o uso de preservativos continua sendo fundamental.
Remédios naturais para cólica menstrual
Além dos medicamentos convencionais, algumas práticas naturais ajudam a complementar o tratamento da cólica menstrual de forma segura e eficaz. A seguir, listamos os mais recomendados.
1. Chás naturais
Alguns chás possuem propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e relaxantes. Entre os mais indicados estão:
Chá de gengibre – reduz a inflamação e melhora a circulação
Chá de camomila – tem ação calmante e antiespasmódica
Chá de calêndula – alivia dores abdominais e relaxa o útero
A ingestão deve ser feita de 2 a 3 xícaras ao dia, iniciando no período pré-menstrual.
2. Aplicação de calor na região abdominal
Compressas de água morna ou bolsas térmicas ajudam a relaxar a musculatura uterina e promover a dilatação dos vasos sanguíneos, o que alivia a dor rapidamente.
3. Atividade física moderada
Movimentar o corpo durante o período menstrual ajuda a liberar endorfinas, substâncias que funcionam como analgésicos naturais. Caminhadas leves, ioga ou alongamentos são ótimas opções.
4. Banhos relaxantes
Tomar um banho quente, especialmente com sais ou óleos essenciais como lavanda e alecrim, ajuda a reduzir o estresse e as contrações uterinas.
5. Suplementação nutricional
Estudos indicam que o uso de suplementos pode reduzir significativamente as cólicas. Os mais utilizados são:
Magnésio
Vitaminas B1 e B6
Ácidos graxos essenciais
Ômega 3
Antes de iniciar qualquer suplementação, é essencial consultar um profissional de saúde para avaliar a necessidade e a dosagem correta.
Quando procurar um ginecologista?
Caso os remédios para cólica menstrual não estejam fazendo efeito ou se a dor for muito intensa, acompanhada de sintomas como febre, vômito, tontura ou dor irradiada, é essencial procurar um ginecologista. Algumas condições mais sérias podem estar por trás da dor, exigindo investigação e tratamento específico.
Conclusão
Os remédios para cólica menstrual variam de acordo com a intensidade dos sintomas, o histórico de saúde da mulher e as causas associadas. Desde anti-inflamatórios, analgésicos e anticoncepcionais até métodos naturais como chás, compressas e suplementos, há várias formas eficazes de lidar com o desconforto menstrual.
Sempre consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento, mesmo os naturais. Com as orientações corretas, é possível reduzir significativamente os sintomas e melhorar sua qualidade de vida durante o ciclo.